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Foto: Moema França / G1 |
A operação Aquário, batizada assim em referência ao bairro de Peixinhos, em Olinda, onde a maioria dos suspeitos reside, envolveu cerca de 100 policiais federais. Eles cumpriram com 12 mandados de busca e apreensão e 20 mandados de condução coercitiva no Recife, Olinda e outros municípios da região. Os suspeitos vão acompanhar o inquérito em liberdade, mas são obrigados a comparecer à PF para prestar depoimento.
O grupo é investigado por crimes como uso de documento falso, estelionato, corrupção passiva, peculato -- quando o funcionário público utiliza sua condição de servidor para desviar valores ou bens -- e associação criminosa. Somando tudo, a pena pode chegar a 36 anos de reclusão.
Segundo Marcello Diniz Cordeio, superintendente regional da PF, a equipe atuava desde 2007 na agência de Bairro Novo, com a participação de uma servidora e de outro servidor, que faleceu durante a investigação. "Eles falsificavam certidão de nascimento de pessoas com mais de 70 anos. Em seguida, com a participação da servidora, solicitavam benefícios de assistência social no INSS. A gente contabilizou 135 benefícios, mas esse volume tende a aumentar", detalhou. Dois dos suspeitos que receberam mandato coercitivo já estavam presos em outra operação da PF que apurava denúncias de tráfico de drogas.
O valor do benefício é um salário mínimo, pago às pessoas que não tem condições de se manter, como afirmou o superintendente substituto do INSS do Nordeste, Márcio Dubard. "Vamos apurar a fundo na parte administrativa, até as últimas consequências. Assim que a gente tiver os elementos da apuração, vamos agir em nível administrativo", disse, ressaltando que o valor da fraude, já desviado pelo grupo, será cobrado aos suspeitos.
G1
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