quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Vendas de imóveis no Recife caíram 9% no primeiro semestre, segundo Secovi-SP


O mercado imobiliário do Recife desacelerou no primeiro semestre deste ano, com queda de 9% nas vendas frente ao mesmo período de 2012, aponta pesquisa do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP) realizada com 11 regiões metropolitanas brasileiras. Assim como outras áreas nordestinas (Salvador, Fortaleza e João Pessoa), o Recife foi na contramão nacional. A média brasileira aponta um crescimento de 13% nos seis meses avaliados, resultado puxado sobretudo pelo bom desempenho de São Paulo (39%) e do Rio (8%).

O número de lançamentos no Recife, na primeira metade de 2013, também diminuiu. De janeiro a junho, foram 3,8 mil unidades lançadas ao público, enquanto as vendas consolidadas, em números absolutos, totalizaram 3,2 mil imóveis. Em 2012, os lançamentos chegaram a 4,6 mil unidades.

“É um resultado normal para o Recife, considerando-se que o Índice de Velocidade de Vendas (IVV), no acumulado de janeiro a agosto deste ano, foi de 11,2%, um pouco abaixo da média histórica, de pouco mais de 14%. É provável que o percentual das vendas de imóveis novos se eleve até dezembro, pois o mercado de flats está crescendo”, afirmou Alexandre Mirinda, presidente do conselho consultivo da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Pernambuco (Ademi-PE).

De acordo com a pesquisa do Secovi-SP, além do Grande Recife, outras seis regiões metropolitanas apresentaram variações negativas. A maior delas foi registrada em Fortaleza, 32%, o equivalente à venda de 900 unidades a menos em relação a 2012. Belo Horizonte apresentou queda de 16% nas vendas e Goiânia repetiu o percentual do Recife (9%). Já Porto Alegre (4%) e João Pessoa (5%) apresentaram variações menores, seguidas de Salvador (3%), o menor recuo.

“Em 2013, deve prevalecer um equilíbrio nas vendas de imóveis novos, já que o boom ocorreu em 2010, com a venda de estoque e lançamentos, entregues neste ano. Em 2011 e 2012, o mercado mostrou estabilidade de preços”, defendeu José Antônio de Luca Simon, vice-presidente do Secovi-PE.

Mesmo com reduções nas vendas na maioria dos locais pesquisados, o levantamento do Secovi-SP apontou que houve um avanço de 9% no caso das unidades residenciais lançadas. No total, foram 3,9 mil imóveis a mais até junho deste ano (45,5 mil), contra os 41,6 mil de 2012. Goiânia (50%), João Pessoa (48%), São Paulo (41%), Rio de Janeiro (9%) e Belo Horizonte (2%) apresentaram os maiores acréscimos.

De acordo com o último levantamento do Índice FipeZap, feito em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), o metro quadrado dos imóveis do Recife custa, em média, R$ 5.617. No acumulado do ano, a alta atingiu 9,8% na cidade, mesmo patamar da média nacional. Já nos últimos 12 meses, a elevação foi de 12%. Fonte: Diario de Pernambuco

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