quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Após três horas de negociação, reitoria da UFPE é desocupada


Estudantes gritam palavras de ordem após deixarem reitoria da UFPE (Foto: Débora Soares/ G1)
Após cerca de três horas de negociações, os manifestantes que ocupavam a reitoria da Universidade Federal de Pernambuco deixaram o local de forma pacífica, sem confrontos com a polícia, na madrugada desta quinta-feira (5). Eles estavam no local desde a manhã da segunda (2), em protesto contra uma decisão do Conselho Universitário que determinou a adesão do Hospital das Clínicas à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).
Às 3h15, já com o prédio vazio, os acessos foram fechados pela polícia, que começou a fazer um trabalho de perícia para avaliar possíveis danos no local. "Foi acordado com eles a saída pela porta da frente, como aconteceu. Os professores estavam aqui e a saída foi aberta, sem nenhuma retenção", disse o Major Ivanildo Torres, do Gabinete de Gerenciamento de Crises da Secretaria de Defesa Social. Após a desocupação, pedaços de telhas podiam ser vistos no chão da parte interna do prédio.
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Um mandado de reintegração de posse já havia sido expedido pela Justiça Federal e, pela decisão, a desocupação deveria ter acontecido até as 19h da quarta-feira (4). Policiais federais e militares só chegaram ao local, no entanto, nos primeiros minutos da quinta-feira, por volta de 0h15. Dois oficiais de justiça acompanharam a ação.
De início, os agentes buscaram o diálogo com os representantes da ocupação. “Queremos evitar o uso da força, mas, dependendo do andamento da conversa, vamos usá-la, sim”, afirmou o Major Ivanildo Torres.Após uma rápida negociação com a polícia, os estudantes decidiram realizar uma assembleia para resolver os rumos da ocupação e se sairiam sem que fosse preciso o uso da força. O acordo seria que a decisão final fosse anunciada até as 2h. Após uma hora, muitos manifestantes, alguns mascarados, passaram a se posicionar no teto da reitoria.
Aos poucos, vários foram descendo por meio de uma escada improvisada e se aglomeraram no pátio. Por volta das 2h30, professores da UFPE que conversavam com os estudantes no interior da reitoria saíram para pedir que os policiais proporcionassem medidas de segurança para que todos deixassem o prédio e pudessem seguir para casa.
“Os estudantes querem sair, estão só determinando a forma mais segura. Querem uma garantia da polícia sobre a integridade física deles e também para ter segurança quando forem pegar os ônibus”, explicou o professor Evson Malaquias, do Centro de Educação.
Durante a tarde da quarta (4), os manifestantes se reuniram com o reitor Anísio Brasileiro, que garantiu que a decisão sobre a gestão do HC será mantida. Anísio deixou o local no início da noite cercado por seguranças e uma explosão chegou a ser ouvida quando ele saía em direção ao campus da universidade.

G1

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