quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Na sede do PSB no Recife, Roberto Amaral anuncia oficialmente nova chapa com Marina e Beto Albuquerque

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Por Jamildo Melo, editor do Blog
O presidente Nacional do PSB, Roberto Amaral, antecipou, na sede do PSB no Recife, após encontro com lideranças locais, o nome de Marina Silva como candidata da aliança PSB-Rede em substituição ao nome de Eduardo Campos.
No mesmo evento, Amaral confirmou ainda o nome de Beto Albuquerque como candidato a vice, conforme antecipou o Blog de Jamildo, nesta segunda e terca.
“Nós escolhemos fazer este anuncio aqui em Pernambuco em homenagem a Arraes, em homenagem a Eduardo, em homenagem a Renata e homenagem a Paulo Câmara, o nosso candidato a governador, em cuja eleição nós nos empenhamos fortemente. A eleição estadual aqui adquire um caráter nacional. Está sendo encarada nacionalmente pelo partido com essa característica”, explicou Amaral.
Beto Albuquerque disse que estava muito honrado de receber a ‘missão’.
“Saímos daqui animados, mas com uma tarefa. A tarefa de completar a caminhada que o Eduardo começou e acima de tudo mudar esse país, que parou de melhorar, parou de crescer, voltou a conviver com a corrupção em alta escala, com poucos resultados, muitas promessas, contas públicas desequilibradas e ameaça de empregos. Não vamos deixar a peteca do Brasil que melhorou, que se desenvolveu cair”.
“Vamos pelo Brasil todo mostrar que quem fez em Pernambuco tem que continuar fazendo e quem fez em Pernambuco tem que fazer também pelo Brasil. O PSB está 100% unificado em honrar este legado de Eduardo Campos”.
Além do prefeito do Recife, Geraldo Júlio (PSB), também participou da reunião o candidato ao governo do Estado pela Frente Popular, Paulo Câmara, indicado por Eduardo Campos.
No encontro, os líderes nacionais do PSB acertaram ainda que o lançamento oficial da nova chapa nacional será realizada aqui no Recife, no próximo sábado ou domingo, com a presença de Marina e Beto Albuquerque. A escolha do Estado de Pernambuco é uma deferência especial a Eduardo Campos. De quebra, ainda ajudam a campanha de Paulo Câmara, que agora virou uma das prioridades nacionais do PSB.
De acordo com o deputado federal, Renata Campos teve papel importante no aval.
“A morte de Eduardo Campos não foi em vão. Essa é a nossa palavra de ordem, esse é o meu compromisso, essa é a minha tarefa como dirigente partidário por poder ter merecido isso. Quero dizer que eu recebi um convite ainda ontem à noite, no final da noite, para que viesse aqui conversar com ela. Estive nessa conversa hoje junto com o prefeito Geraldo Julio, com Paulo Câmara, com Sileno Guedes, nosso presidente estadual do partido, onde ela expressou do fundo do seu coração, da sua alma, esse desejo de ver Marina, comigo na chapa, a melhor forma de demonstrar a continuidade do legado do Eduardo Campos. Saio daqui mais pernambucano do que nunca”, comentou Beto Albuquerque.
Quais as razões para a sua escolha?
Ele também tem uma boa relação com Marina, ao contrário de Roberto Amaral. Quando Eduardo Campos morreu, ele foi o único que Marina Silva recebeu em São Paulo.
Elas são sentimentais, mas sobretudo pragmáticas.
Beto Albuquerque era vice-presidente do PSB e um dos três homens que formavam o tripé de confiança de Eduardo Campos.
Os outros dois eram Márcio França e Rodrigo Rollemberg.
O primeiro é candidato a vice na chapa de Geraldo Alckmin, com boas chances de vitória, já que o tucano está liderando as pesquisas.
Rollemberg é candidato a governador no Distrito Federal, com boas chances de ir ao segundo turno com o petista Agnelo Queiroz, considerando que o candidato do PR, Roberto Arruda, impugnado, deve ser retirado da disputa pela Justiça Eleitoral.
Outro motivo que tira o senador das especulações é o fato da candidatura bem ser uma das prioridades de Eduardo. A capital do Brasil tinha um gosto especial para Campos, pois foi lá que ele viveu durante 12 anos e exerceu três mandatos como deputado federal.
Já o deputado federal gaúcho Beto Albuquerque é candidato ao Senado, com 10% das intenções de voto. Com a sua oficialização, o jogo político no Estado do Rio Grande do Sul será alterado. A sua retirada da disputa gaúcha, assim, seria plenamente justificada, em função de uma disputa maior.
Também pesa a favor de Beto Albuquerque o tempo de militância dentro do PSB. Ele filiou-se nos anos 80 e concorda sem restrições aos posicionamentos de Eduardo Campos.
Foi o deputado Beto Albuquerque que escreveu e fez a resposta à nota publicada no perfil do PT, no Facebook, dizendo que o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), não tinha credibilidade política e se referindo ao socialista como playboy mimado pelo “lulo-petismo”, Na época, o líder do PSB na Câmara dos Deputados, rebateu às críticas classificando-as como “covardes e despolitizadas”.
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Após a coletiva, Beto Albuquerque dirigiu-se a paróquia de Casa Forte, onde acompanhou a missa de sétimo dia realizada pela família Campos.

O não de Renata Campos
Sobre Renata Campos, Roberto Amaral disse que seria a candidatura dos sonhos, a candidatura da unanimidade.
“Ela, porém, declinou do convite, emocionada, principalmente com os apelos que ela recebeu nas ruas da população, das pessoas pobres, que estavam chorando, acompanhando o félitro, agradece as manifestações de apreço, mas no momento a prioridade dela é cuidar da família e dedicar-se à campanha do Paulo, dedicar-se a esse esforço que nós estamos fazendo aqui e que ela está fazendo, de realizar o sonho do Eduardo, que foi quem construiu essa candidatura e que sonhava com a sua vitória”, disse Amaral.“Antes de ser cogitado por nós, foi cogitado pela população do Recife, que a admira, a candidatura da companheira Renata Campos a vice-presidência”.

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