domingo, 28 de dezembro de 2014

Para não errar na taça

Fotos: Reprodução/Internet
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Festas de fim de ano são quase sempre sinônimo de reunião familiar e grandes comilanças – regadas a receitas que de tão diferentes e especiais exigem bebidas à altura. Quiches, saladas, frango recheado, tender, farofa, bacalhau, risotos, strudels, panetones, rabanadas, são algumas das pedidas mais comuns à mesa nessa época do ano. Passada a ceia natalina e de olho no jantar do revéillon e no almoço de Ano Novo, a Casa dos Frios convidou a sommelier Ana Paula Crasto para sugerir algumas harmonizações, dentro de seu portfólio de cerca de 900 rótulos.
Fotos: Reprodução/Internet
Formada pela Associazione Italiana Sommelier (AIS) e degustadora profissional pelo Guia “Vini Buoni D’Itália”, Ana sugere harmonização com a semi-aromática Sauvignon Blanc, pela boa acidez, aromas cítricos e vegetais ��" ideais para acompanhar saladas, em especial as que levam maioneses ou algum ingrediente defumado, além de aspargos. Entre os rótulos desse tipo, se destaca o Camaleão 2011, produzido em Lisboa (Portugal) pelo jovem enólogo João Cabral Almeida, e que ostenta notas vegetais e florais.
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Muito popular no Brasil e também comuns nessa época, as quiches, prato de origem francesa, caem bem um Pinot Gris. “Não achando essa uva, pode-se usar a argentina Torrontés, casta também aromática como a Sauvignon Blanc”, afirma. Exemplar selecionado pela sommelier, o Alta Vista Premium 2012, produzido em videiras a mais 1750 m, possui coloração intensa amarela, notas frutadas e de madeira, obtidas através de maturação em barricas.
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“Todas as aves harmonizam bem com um branco leve de médio corpo, mas, em caso de aves com molhos, pode ser um branco mais encorpado passado em barricas ��" como um Chardonnay, casta de origem francesa, de grande estrutura e mineralidade. A ave geralmente possui como característica uma carne mais seca, que vai encontrar o equilíbrio harmonizando com um vinho branco, que passando em barricas adquiriu maciez”.
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Segundo Crasto, todos os espumantes rosé são versáteis e fáceis, harmonizando perfeitamente com peru, tender e aves em geral da ceia pela estrutura das uvas tintas usadas nesse tipo de espumante. “As borbulhas ‘limpam’ o paladar, enfrentando qualquer tipo de molho usado nos pratos, e você nunca erra na escolha”, aponta. Mas, para os amantes do tinto, a harmonização do tradicional peru pode ser feita com o corte clássico bordolês ��" mistura das uvas carbenet franc, cabernet sauvignon, merlot e petit verdot. Não encontrando esta opção, harmonize com um vinho de uma das castas citadas.
“Para o tradicional bacalhau dessa época, minha sugestão é um vinho português da região do Douro (mais elegantes), de castas tintas ou o tradicional vinho verde ”, afirma.
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Como final de ano tem sempre panetone à mesa, a pedida sugerida pela sommelier é o espumante doce método charmat, o Riccadonna Asti DOCG, produzido com as uvas moscato d’asti cultivadas na região de Asti em Piemonte, região ao norte da Itália. Para os fãs da famosa rabanada, a sugestão é o Moscatel de Setúbal Bacalhôa DO 2011, envelhecido em barricas de carvalho.

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