Da Agência Brasil

A avó materna de Amy, Kátia Sarmento, pediu atenção e respeito ao caso que envolve uma criançaFoto: ABr
O Ministério de Relações Exteriores e a Secretaria dos Direitos Humanos e a Defensoria Pública farão uma campanha para esclarecer os direitos dos brasileiros que precisem disputar a guarda de filhos com pais estrangeiros. A medida visa evitar casos como o da pernambucana Karla Janine Martins de Albuquerque que, em 2014, foi presa no Texas, nos Estados Unidos, após tentar fugir com a filha Amy Galvin para escapar do então marido, o americano Patrick Joseph Galvin, registrado na lista de pedófilos dos EUA.

Após audiência pública na Comissão de Direitos Humanos do Senado, que debateu o caso da pernambucana Karla Janine Martins de Albuquerque, a ministra ressaltou que o Brasil é signatário de acordos internacionais que preveem, por exemplo, a devolução de menores trazidos para o Brasil sem a autorização do genitor estrangeiro. “Ao trazer um menor para cá sem o consentimento do outro genitor, há uma expectativa de que o Brasil vai dar um refúgio, um porto seguro, mas não é bem assim. Os compromissos internacionais que o Brasil assumiu não vão nessa direção”.
A avó de Amy Galvin, Kátia Albuquerque, disse que, apesar da prisão da filha, a família mantém esperanças de obter a guarda da neta. “Esperança sempre vamos ter. Queremos que o processo tenha sua tramitação normal, que não seja simplesmente arquivado, e que as provas e todos os nossos relatos sejam apreciados”. Ela ainda acrescentyou pedindo atenção e respeito ao caso: "Ela (Amy) está nas mãos de um pedófilo convicto. Nós estamos com verdade, buscamos apenas que ela seja reconhecida. Buscamos, além de tudo, respeito a uma criança."
Karla Janine foi presa em 2014 após tentar fugir do então marido com a filhaFoto: cortesia
Atualmente, Karla pode visitar a filha uma vez por semana, acompanhada por um representante da Justiça norte-americana. “Infelizmente, não foi encontrada nenhuma solução para que se dê de volta a guarda da Amy à mãe brasileira. Para o estado da Flórida, a Karla Janine cometeu um crime. Entendemos que o melhor, agora, é ela colaborar com as autoridades locais, reconquistar a confiança do Tribunal da Flórida e, com o tempo, as visitas com que ela tem direito hoje, embora assistidas, passem a ser desassistidas, o que permite uma espontaneidade muito maior”, disse a diretora Departamento Consular e de Brasileiros no Exterior.
“Sabemos das limitações do Ministério das Relações Exteriores do país, porque é um caso que está na Justiça americana. Mas se, de fato, há denúncias condenação desse cidadão em outro caso, isso exige que coloquemos pressão máxima para uma solução que beneficie a criança”, disse o senador Humberto Costa (PT-PE), autor do requerimento para debater o tema na Comissão de Direitos Humanos.
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