A rua e o voto (por Carlos Chagas)
Corte de gastos, mesmo, só na empresa privada, com demissões em massa. No governo, apenas migalhas, como a redução do número de ministérios, anunciada para quarta-feira. No Legislativo, paliativos. No Judiciário, nem isso. A exceção poderia ser, mas não é, a iniciativa da Petrobras em sua febre privatizante de alienar patrimônio público para pagar dívidas, coisa que resulta em nada, sequer cobrir a roubalheira lá verificada.
Enquanto isso, aumentam-se impostos, taxas e tarifas de serviços públicos, com a redução de direitos trabalhistas e de programas sociais. Numa palavra, o país continua em queda livre no rumo do fundo do poço. Fica mais do que clara a rejeição da sociedade ao governo, assim como a importância de sua substituição.
Inexiste um plano diretor, sequer um roteiro de ação, muito menos um desenho para o futuro, aquilo que no passado chamava-se de plataforma. Os detentores do poder não cuidam de evitar o pior, muito menos dispõem de alternativas para propor o melhor, que seria a retomada do desenvolvimento.
NÃO TEM PROJETO
Essa talvez a grande falha da administração Dilma: a ausência de um programa de afirmação e agora de reconstrução nacional. O ministério do Planejamento não planeja outra coisa senão empurrar para a população o ônus de uma recuperação impossível de acontecer sem metas
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