domingo, 27 de dezembro de 2015

Geraldo Julio: "Recife tem coisas novas"

Mariana Araújo e Felipe Vieira

Prefeito fez balanço de ações / Foto: Ricardo B. Labastier/JC Imagem

Prefeito fez balanço de ações

Foto: Ricardo B. Labastier/JC Imagem

Num ano de crise econômica, ausência de repasses federais e em que conseguiu avançar pouco com as obras , o prefeito Geraldo Julio (PSB) criticou a demora do governo federal em autorizar o empréstimo com o Banco Mundial, que injetará mais de R$ 850 milhões na conta municipal. O dinheiro, segundo afirmou o prefeito em entrevista aos repórteres Felipe Vieira e Mariana Araújo, destravaria muitas ações em andamento. De quebra, ainda deixaria de comprometer a vitrine de obras para a campanha e a luta pela sua reeleição em 2016.
COMBATE AO AEDES AEGYPTI
Tem que ter uma mudança de cultura do convívio do Brasil com o mosquito. São 35 anos vivendo com ele. Este ano, tivemos 1,5 milhão de casos de dengue no País. Há um senso comum de que dengue todo mundo teve. Tem que mudar a cultura, porque o mosquito não é mais dengue, o mosquito traz doenças mais graves, a chicugunha e a microcefalia. Não dá mais para conviver com esse mosquito. Para nós, ela criou uma mobilização do governo muito forte. Ainda não tem na ciência um combate a esse mosquito mais eficiente. Estão desenvolvendo um mosquito transgênico, que quando cruza com a fêmea, o mosquito não nasce. A ciência ainda não nos deu uma resposta em escala comercial. A gente tem que fazer como sempre se fez, mas com uma intensidade maior. Para isso, a gente precisa de muito mais do que esforço. Eu fui ao Ministério da Saúde pedir para o método tradicional. Tenho 600 agentes de endemias, preciso de mais insumos, logística e campanha publicitária. Pedi R$ 29 milhões. Quero mais 300 agentes por mais 12 meses, insumos e logística, e quero uma campanha publicitária específica para a minha cidade. O Ministério da Saúde está fazendo uma campanha nacional. Aqui no Nordeste e outras cidades, como São Paulo, a gente tem racionamento de água. As pessoas têm que gaurdar água e ali está o risco. No Recife, oito em cada 10 casos, é a água guardada para consumo, tanque, tonel, balde, caixa d’água. E 98% dos casos, estão dentro da residência. A gente vai fazer com nossos agentes quase 2 milhões de visitas este ano. Mas isso só não é suficiente. As pessoas têm que atuar. O governo inteiro está atuando, com a secretaria de Turismo, de Enfrentamento ao Crack, de Educação,d e Cultura, a Emlurb, todo mundo está vivendo um processo de conscientização dentro da secretaria e nas atividades para fora. A Educação está fazendo nas escolas, o Turismo nas ruas e nas ações de lazer que faz. São 44 ações que o governo inteiro está fazendo. Com ajuda de alguns segmentos, queremos mobilizar a população. Por exemplo, igrejas Católica e Evangélica estão distribuindo papel e o sacerdote está falando. Nas escolas particulares, fomos lá, vão colocar no conteúdo pedagógico. As padarias estão colocando no saco de pão. Precisa mobilizar todo mundo porque cada um vai precisar cuidar da sua casa. Até porque se o vizinho não cuida, você também está em risco. Esse esforço todo, no momento é: a ciência tem que desenvolver um modelo de combate diferente e nós temos que combater no formato tradicional, com a atuação de todo mundo, com muita força agora. É de fevereiro a junho que a população do mosquito cresce há 30 anos. Se nesse período a população do mosquito crescer, vamos ter mais dengue, mais chicugunha e mais microcefalia do que teve este ano. O esforço é intensificar agora e segurar de fevereiro a junho para população do mosquito não subir. Hoje, a população do mosquito aqui no Recife é a menor dos últimos oito anos. Mas a gente precisa segurar ela baixa e diminuir mais ainda diante do desafio que é fevereiro a junho. O terceiro esforço é o atendimento aos casos que já existem de microcefalia. 
MICROCEFALIA
Eu nomeei recentemente dois neuropediatras, dois terapeutas ocupacionais, dois fisioterapeutas e dois fonoaudiólogos. Essa equipe vai coordenar a ação do sistema de saúde em relação a essas crianças que nasceram ou estão por nascer com microcefalia a as suas famílias. Lá no Hospital da Mulher, a gente vai ter um departamento voltado para esse atendimento. A família precisa de atenção e a criança vai precisar de atenção para a vida inteira. O Brasil vai precisar estruturar, vai ter uma geração de bebês nascidos este ano com microcefalia, o Estado já anunciou uma série de ações este ano. O governador se empenhou pessoalmente nesse aspecto. A gente também tem que fazer também nossa estruturação. A gente vai fazer uma busca dessas mães e dessas famílias. A gente quer visitar, conhecer e cadastrar todas elas para começar um trabalho de atendimento a essas crianças e a essas famílias. O Brasil vai ter que estruturar isso.
EMPRÉSTIMO COM O BANCO MUNDIAL
Tenho a confiança de que a gente vai conseguir esse recurso agora no primeiro semestre. Ontem fiz a nomeação de Antônio Barbosa, que é de minha confiança e trabalhou comigo no governo do Estado, exatamente nessa área. Quando a gente, em fevereiro de 2013, com 30 dias de governo, a gente planejou essa operação, a gente queria mudar o patamar de investimento da cidade. Recife investia R$ 180 milhões por ano, a gente fez no primeiro ano R$ 530 milhões, fez no segundo R$ 450 e a gente queria manter esse padrão no segundo biênio. Por isso, a gente estruturou a negociação em 2013 com o banco Mundial porque sabia da burocracia. Mas desde novembro de 2013, o governo federal já podia ter liberado essa etapa da Cofiex, para a gente receber esse recurso e gente já ter aplicado agora em 2015, gerado mais empregos na nossa cidade, mais entregas, mexido com a indústria de transformação e na construção civil. A gente podia ter tido um ano diferente se o governo tivesse liberado em 2013 ou 2014. Não aconteceu, mas deu agora o sinal verde e estamos correndo para que isso ajude a 2016 a gente ter um padrão de investimentos que é o que a gente deseja que a cidade tenha, como a gente fez em 2013 e 2014. Esse era o planejamento da gente, contar com esse financiamento do governo federal para o segundo biênio. O governo federal travou, mas agora a gente vai trabalhar para que ele saia nesse primeiro trimestre.
PROJETO NOVO RECIFE
O que tem pendente diz respeito ao empreendendor privado e à Justiça. A gente aqui fez um processo de debate e discussão que eu tenho certeza que foi um processo mais democrático, que foi o estabelecimento de uma legislação urbanística do Recife, não tenho nenhuma dúvida nisso. Tenho certeza que a legislação resultante é a melhor que já foi construída em nossa cidade, a mais moderna, a que traz mais benefício para a população e para o futuro da cidade. O restante diz respeito ao privado construir um projeto, submeter esse projeto à aprovação. A aprovação é feita por um organismo que tem a participação da sociedade, como é o CCU e como é o CDU. A gente teve na votação de ontem, por exemplo, voto do movimento dos sem-teto, do prezeis, da federação Ibura-Jordão, que votaram favoravelmente ao projeto, e outros representantes da sociedade, como CDL e outras instituições que fazem parte do CDU. O empreendedor, que tem interesse em fazer o empreendimento, ele tem que vencer qualquer dificuldade que ele tenha Justiça ou em qualquer outra instância. Diz respeito a ele e à Justiça. O empreendimento vai gerar desenvolvimento para a cidade e oportunidades, além de alimentar do ponto de vista urbanístico, já que o processo de discussão que a gente fez colocou para dentro a legislação um número imenso de contribuições dos urbanistas da cidade, então ele vai trazer vantagens para a ocupação do espaço urbano que tem ali não só ali no Estelita, mas no Cais de Santa Rita e no Cabanga, que a lei abrange tudo isso. Diz respeito ao privado e qualquer risco com relação à implantação do projeto com questão na justiça, diz respeito ao privado. Ele que correrá riscos se não resolver as questões que tem na justiça. Aqui nessa sala, nessa mesa que você está sentada, tivemos representantes do movimento aqui.
DIÁLOGO COM O PSB
Acabei de participar, semana passada, a última reunião da Executiva do partido do ano, onde estavam lá representantes de diversos segmentos do partido. Converso com todo mundo, sempre fui uma pessoa muito aberta, de dialogar muito, isso faz parte do meu perfil pessoal. 
PCdoB EM 2016
Eu não tenho trabalhado a questão da eleição de 2016, não pretendo fazer comentários sobre isso. O PCdoB ganhou a elieção aqui conosco, ganhou a eleição conosco, Luciano nos ajuda muito, é uma pessoa muito presente no nosso governo. É uma presença que é muito importante para nós e que nos ajuda muito nesse governo. Temos vários quadros importantes do partido que estão no nosso governo ajudando bastante.
SEGURANÇA
Acho que é patente o esforço da Prefeitura em fazer a sua parte no combate à violência. Combater a violência é um papel de todo mundo, do governo federal, dos governos estaduais, das prefeituras, da sociedade civil organizada, do setor privado. É um esforço conjunto. Eu, como convivi muito de perto e coordenei o Pacto Pela Vida no governo do Estado, pude ver como é importante a entrada dos municípios nesse processo. Se todas as cidades brasileiras procurassem assumir essa responsabilidade e fazer ações voltadas ao enfrentamento à violência, à prevenção sobretudo, a gente ia ter um resultado muito melhor no País. O Brasil vem perdendo essa luta contra a violência, que vem crescendo no Brasil inteiro. Pernambuco e Recife conseguiram construir durante muitos anos uma curva diferente do País, com redução, que foi muito importante para nós. A gente vive hoje uma cena na cidade e no Estado justamente porque houve essa redução. Fica patente o esforço que a Prefeitura vem fazendo. 
A gente criou o Pacto Pela Vida, criou a secreataria, colocou 100 câmeras de segurança e uma central integrada ao Ciods, a Prefeitura não tinha nenhuma câmera de segurança, colocou 55 mil novos pontos de luz na cidade, que tem 105 mil pontos de iluminação, sobretudo apontando para as áreas mais vulneráveis da violência. A gente nomeou 321 guardas municipais recentemente, acho que foi uma ação muito interessante. A gente tem feito programas na área de prevenção como foi o Programa Trampolim, que estamos reinserindo jovens que foram muito próximo do crime, das drogas, chegaram a ser reeducandos a gente está conseguindo resgatá-los. A gente criou uma área de enfrentamento às drogas que tem um trabalho efetivo em poucos meses de funcionamento. Semana passada assinei um edital do Recife Previne, que são unidades móveis que vão estar espalhadas na cidade com esse trabalho de prevenção. A gente está cuidando dos jovens em liberdade assistida. Existia uma exigência do Ministério Público e da Justiça, porque a Prefeitura não cumpria o acompanhamento da liberdade assistida, a gente tem 800 jovens, contratamos 80 profissionais. Hoje a gente cobre todos os jovens da liberdade assistida. A gente espera que Pernambuco e o Recife volte a ganhar essa batalha, vamos ampliar o esforço. Acho que é obrigação de todo mundo ampliar o esforço. Pernambuco viveu um momento diferente do País, agora não está conseguindo a redução, mas eu tenho certeza que a política pública de segurança vai voltar a dar resultados e gente vai ampliar aquilo que a gente tem feito aqui.
HOSPITAL DA MULHER
A gente está trabalhando com a previsão da conclusão da obra até o final do ano. E vamos ter o início de 2016 para fazer a instalação dos equipamentos, a contratação de pessoal, que vai ser feita pela organização social que vai administrar. Essa agenda está mantida, a gente quer terminar a obra até o final do ano. Já teve o processo licenciatório, já foi escolhida. O prazo para entrar em funcionamento continua o primeiro trimestre.
PROGRAMA DE GOVERNO
u espero poder cumprir tudo. A gente está com essa operação de crédito no Banco Mundial que poderia ter ajudado muito o ano de 2015. Infelizmente o governo federal não fez a liberação. Mas certamente vai ajudar muito no ano de 2016. A nossa expectativa é continuar trabalhando para cumprir tudo aquilo o que estava previsto. Porque eu acho que a população reconheceu como importante aquilo o que foi proposto e eu acho que a gente tem que trabalhar para entregar. Eu fui treinado para não desistir das coisas. Eu gosto de enfrentar desafios. Quando o desafio está posto, isso me anima mais. Então, nós vamos continuar trabalhando. A nossa perspectiva é de fazer essas entregas todas que estão previstas.
HABITAÇÃO
A gente vai entregar uma quantidade muito grande de novas habitações. Uma das caracteríticas importantes é a qualidade do que está sendo feito. No Recife, no histórico, a gente teve conjuntos habitacionais entregues sem reboco, sem piso ou contrapiso, sem acabamento nos banheiros. Então, as pessoas saiam de uma condição de moradia sub-humana e eram transferidas para unidades habitacionais construídas sem esse tipo de acabamento. E, portanto, não mudavam na vida das pessoas aquele tipo de transformação. AS pessoas saíam de um lugar para outro e quase que não percebiam a diferença do que estava acontecendo na vida deles. Então a gente tomou a decisão de fazer diferente. É como a unidade do Bolsa Família que a gente mostrou aqui a vocês. Dignidade, qualidade, respeito. O mais pobre, as pessoas mais vulneráveis, são as que merecem a maior atenção. Não é porque está fazendo para eles que vai fazer sem nenhuma qualidade. A gente nunca admitiu isso aqui nessa gestão. É por isso que a nossas creches têm a qualidade que têm. É por isso que os nossos meninos têm tablet, têm robótica. Mesmo que o filho da classe média na escola privada não tenha robótica, o nosso tem. O nosso tem tablet, um por aluno. Então a qualidade que a gente deseja para as pessoas que mais precisam, principalmente por aquelas atendidas pela prefeitura, é uma qualidade boa. O apartamento tem cerâmica no chão, cerâmica no banheiro, balcão na cozinha, é todo rebocado, as portas são pintadas. O apartamento tem acabamento. Então é uma pessoa que sai da habitação em condição sub-humana, ela percebe que houve uma grande transformação na vida dela e mudam aquela família definitivamente. É uma transformação. Isso foi uma decisão que a gente tomou. E estamos cumprindo isso em todos os habitacionais entregues até agora. Agora no Natal, a gente está entregando mais dois habitacionais em Beberibe. No mês passado a gente entregou um. E agora no Natal a gente está entregando mais dois habitacionais, transformando as vidas dessas pessoas. A gente pretende até o São João entregar próximo de 900 unidades habitacionais. É um conjunto de grandes de entregas de unidades habitacionais que poderia ser maior, sem dúvida nenhuma, se o governo federal tivesse liberado o nosso financiamento do Banco Mundial e a gente tivesse em 2015 e em 2016 esses recursos.
COMÉRCIO INFORMAL
A gente tem duas situações do comércio informal. Uma é a organização que a gente fez, que foi realmente transformadora de muitas áreas da cidade. E a outra é a ação estruturante. Então, a gente primeiro cadastrou e organizou na rua. E depois a gente, de maneira estruturante, encontrou imóveis, terrenos ou prédios onde a gente pode botar isso definitivamente. Então, a gente está com a solução de Afogados encaminhada, a obra está praticamente concluída. A solução de Nova Descoberta, do Córrego da Areia, também encaminhada, praticamente concluída a obra. A solução de Água Fria, a obra já está concluída. Lá é um prédio, não é só um terreno com a infraestrutura, com a coberta. É um prédio mesmo. E aqui no Centro a tem seis terrenos, dos quais dois estão em obras. Está em obra no Cais de Santa Rita e na Rua da Soledad. É algo que está acontecendo, que é a reforma estruturante. Então, primeiro a gente fez o cadastramento, que é importante, e a organização da rua. Sempre com respeito ao trabalhador, sempre com diálogo, sempre com a discussão feita com equilíbrio. E sempre encontrando solução para eles continuarem trabalhando. Infelizmente tem um uso também aí que parece descolado do trabalhador verdadeiro do comércio informal, de determinadas manifestações e movimentos que acontecem nesse negócio que está muito descolado do real trabalhador. Infelizmente. Mas o diálogo nosso com os trabalhadores do comércio informal, ele é positivo, tem sinergia e a gente está fazendo uma transformação nessa área da cidade que nunca foi vista. Você fazer o que foi feito em Casa Amarela, o que foi feito em Água Fria, o que está sendo feito em Beberibe, em Nova Descoberta, em Afogados, no Centro da cidade, em torno do Mercado de São José. Nunca teve uma ação tão estruturadora do comércio de rua, que é uma tradição da nossa cidade, onde milhares de famílias têm a sua renda. Mas a gente está fazendo de maneira estruturante. Os ônibus hoje passam por Nova Descoberta, ali pelo Pátio da Feira, e tinham muita dificuldade de passar. As pessoas que passam de ônibus ou de bicicleta hoje em frente ao Mercado de Água Fria, que passavam 30 ou 40 minutos para descer 500 metros, e hoje passam em dois minutos, estão vivendo essa transformação. Então eu acho que nesse campo os avanços são muito expressivos.
PSDB
Eu não estou nesse momento focado na eleição de 2016. Eu acho que a população está sofrendo muito. Os mais pobres, sobretudo, é quem estão pagando a conta dessa crise. O preço da energia estourou. Essa inflação de 10% na parte de alimento é completamente diferente. As pessoas vão fazer a feira e o preço dos alimentos subiu muito mais do que isso. O botijão de gás para a população mais pobre também está difícil de comprar. Desemprego. Um milhão, quinhentos e vinte mil empregos com carteira assinada foram perdidos em doze meses. Um milhão e meio de famílias abatidas pelo desemprego no Brasil. Com uma força muito grande disso no Nordeste. Então eu estou muito focado na administração. Porque a gente precisa tentar minimizar os danos dessa crise com a nossa população. Oferecendo um futuro diferente com a educação, oferecendo um passe livre para diminuir o impacto no orçamento dessas famílias. Oferecendo formação profissional. Na semana passada eu participei da formação de três mil pessoas e são muitos cursos profissionalizantes. Nós conseguimos diminuir a evasão desses cursos de 60% para 10% neste ano. Então a gente está conseguindo formar as pessoas. Abrimos três agências de emprego para ligar essas pessoas ao mercado de trabalho. Então, assim, eu estou muito focado na administração. Porque o povo precisa muito de trabalho. É por isso que eu digo que em 2015, que foi um ano de crise, a gente trabalhou mais ainda. Porque a população precisa dessa atenção a mais, dessa dedicação maior ainda. E nesse momento, o meu foco é totalmente esse. A eleição, mais próximo, né? Até a própria Lei mudou o período da campanha eleitoral, diminuiu, botou mais para frente ainda. Então lá na frente a gente cuida da eleição. É claro que do ponto de vista nacional, o partido tem um planejamento, quer sair fortalecido, quer disputar mais de dez capitais, quer sair fortalecido no número de prefeitos eleitos, de vereadores eleitos e tal. Existe um planejamento na escalda federal de a gente poder... E eu participo da Direção Nacional do partido e a gente discute um pouco isso. Mas o meu foco nesse momento é a administração municipal. É a gente superar esse momento de dificuldade que o Brasil está vivendo e fazer a nossa população ter um desempenho melhor, ter uma atenção melhor do que o que está acontecendo no país.
GERALDO ALCKMIN
É um quadro possível, mas a gente está tratando agora de um planejamento do partido das eleições de 2016. E essa discussão com o governador Alckmin, que é um grande quadro da política brasileira, é uma discussão que será feita para depois de 2016. Então, nesse momento, o foco do partido é como é que a gente vai sair fortalecido nas eleições de 2016. E essa discussão é para depois.
SECRETÁRIOS DISPUTANDO CARGOS
Não, eu não estou pensando em nomes, não. Mas tenho certeza que o trabalho das secretarias são trabalhos importantes, são trabalhos, uma parte delas, novos para a cidade. A gente não tinha na cidade essa atenção com os animais como a gente tem agora. Eu tenho não só o controle da população dos animais de rua pela castração, mas a gente tem também as pessoas de baixa renda podendo ter uma atenção de saúde para os seus animais com as milhares de consultas de atendimentos que a gente já fez através da Secretaria. O hospital está em fase de conclusão a sua construção. Essa é uma coisa que a prefeitura decidiu fazer e vai continuar fazendo. Rodrigo é militante da área, foi ele quem liderou esse processo todo aqui dentro. Para nós isso foi importante, em vez de colocar alguém para aprender, trazer um cara que já era militante disso na vida, e ele toca isso aqui dentro do governo. Mas vai continuar fazendo. As transformações que Jayme fez na qualificação profissional, que eu tava dizendo que nós reduzimos a evasão de 60% para 10%, é uma coisa que vai ter que continuar acontecendo. A ampliação do número de agência do trabalho e a colocação de agências de trabalho dentro das universidades, em parceria com as faculdades privadas, é uma coisa nova e vai continuar acontecendo. O enfrentamento ao crack, que tem resultados muito expressivos em poucos meses de criação da secretaria, vai continuar. Então a criação dessas unidades, elas são permanentes, elas vão continuar. O que a gente vai ter que fazer no caso da descompatibilização é buscar uma sucessão de alguém que tenha a mesma condição de continuar o trabalho que vem dando resultado.
ARENA PERNAMBUCO
Veja, o Brasil conquistou, e esse foi o pensamento de todos os brasileiros, a oportunidade de sediar a Copa do Mundo. Isso em 2009, se não me engano. E a partir dali, os estados brasileiros, e o nosso estado é um estado que tem tradição no futebol, sem dúvida nenhuma, no NOrdeste inteiro Pernambuco se destaca pelo futebol, os pernambucanos torcem para times pernambucanos, ao contrário do que acontece em outros estados do Nordeste. E pernambuco foi em busca também de ter a conquista que o Brasil teve e conseguiu. Aquele processo ali é feito para o longo prazo. A estruturação do projeto de implantação da Arena é um projeto feito para longo prazo. Foram feitos todos os estudos econômicos e de projeções. Esses estudos foram analisados, foram discutidos, foram aprovados. E esse projeto de longo prazo vive hoje um momento de uma mudança muito grande de todas as projeções. Nenhum brasileiro previa, há alguns anos atrás, que o Brasil em 2014 ia ter crescimento zero e que em 2015 ia ter um crescimento negativo de menos quatro. E que em 2016 ia ter crescimento negativo também. Se você encontrar ali em 2012 e 2013 alguém que tenha botado isso num artigo, num estudo, em alguma coisa. Isso não acontece. Então as projeções econômicas foram feitas considerando uma outra situação que o Brasil não estava passando pela questão polítca que está passando, pela questão econômica que está passando, e certamente o desempenho do projeto seria diferente. Então o projeto sofre também as consequências dessa mudança como um todo que aconteceu, e tem que ser readequado. Como tudo tem que ser readequado. Ele seguia uma expectativa. A expectativa foi feita com responsabilidade, com estudos técnicos competentes. Mas agora, mudou. Então, tem que ser redirecionado.
MOBILIDADE
Eu acho que foi a inversão de prioridades. O que marca a atuação da nossa gestão na mobilidade é a inversão de prioridades. Muitas cidades do mundo caminharam no sentido do transporte individual, do carro, como solução. E a grande maioria delas já desistiu disso. No Brasil também. A gente fez essa inversão aqui. A gente hoje valoriza o pedestre. Fizemos 67 (? - checar 37 minutos) quilômetros de calçada. É claro que agente gostaria que as calçadas da cidade fossem muito melhor. Mas se todos pudessem fazer, certamente ela já seria muito melhor. O histórico de construção e de manutenção das calçadas da cidade não permite um quadro melhor do que esse que existe hoje na cidade. Desobstruímos muitas calçadas que eram ocupadas irregularmente pelo próprio morador, pelo comerciante, pelo dono do imóvel da frente que botava pinos de ferro, degraus, construções de muros e tal. Organizamos também a questão do comércio que ocupava muitas calçadas. E fizemos 67 quilômetros físicos de calçadas. Além disso, a gente tem o pensamento hoje em vários cruzamentos da cidade, em vários locais de travessia da cidade, que a gente desenvolve através do pedestre. Nós vamos ter uma mudança no trânsito ali na Ilha do Leite, que vai melhorar a condição do pedestre que hoje tem que atravessar ali a Agamenon Magalhães ou a Paissandu e tem grande dificuldade. São mudanças de engenharia de tráfego ou de canteiros que serão feitos, isso já tem todo o projeto executivo, agora em janeiro, que vai facilitar muito para o pedestre. Então essa prioridade também é muito interessante. A campanha que fizemos recentemente da faixa do pedestre, a pintura de milhares e milhares de faixas de pedestre. Então isso é uma mudança de favorecer o pedestre. Uma outra coisa é o transporte não motorizado. Fizemos seis ciclofaixas permanentes na cidade. Tem quatro já para ser implantadas nos próximos meses. Serão dez ciclofaixas implantadas somente nesse período. 
Mas estão prontos já os projetos. Estamos apenas fechando os projetos executivos para fazer. A gente botou também 700 bicicletas de aluguel na cidade. Tem hoje 70 estações de bicicletas de aluguel. Paraciclos foram instalados em diversos parques nossos, diversas unidades públicas. Então a gente ttambém tem incentivado o uso da bicicleta. você não transforma do dia para a noite. Você tem incentivado muito. A própria ciclofaixa de turismo e lazer despertou as pessoas para a bicicleta, as pessoas foram aos domingos com a bicicleta ter o seu lazer. E parte daquela turma ali está começando a migrar e decidir usar a bicicleta no seu dia-a-dia. É preciso dar toda a infra. A cidade tem que evoluir para a questão da infra. E o transporte público como prioridade. São 400 mil passageiros/dia favorecidos pela faixa azul já no Recife. E a gente vai avançar isso para mais de meio milhão de passageiros/dia. Então, é muita coisa. É uma decisão que tem que ser feita. É uma decisão de briga por espaço. Quando a gente destina uma faixa para a faixa azul, você está tirando de alguém para destinar a quem está dentro do ônibus. Então, assim, a inversão de prioridade é a grande mudança que a gente faz na questão da mobilidade da cidade.
ZONA 30
Eu tenho a Zona 30 aqui no Recife, que a gente colocou. As ruas aqui do Recife Antigo, que são ruas onde a gente tem muito pedestre, muita bicicleta, muita gente atravessando e muita gente caminhando, a velocidade é 30 quilômetros, que é uma velocidade tecnicamente adequada para o convívio entre a bicicleta o pedestre e o carro. Isso é uma inovação. Não existia Zona 30 no Recife. Foi a gente que trouxe a Zona 30. E controle de velocidade, em algumas avenidas, inclusive com fotossensores, que a gente colocou também. Agora, sempre tentando ser razoável nesse processo. Agora, isso deu resultado. O Recife diminuiu em 30% o número de acidentes com vítima quando a gente implantou essas ações. Então assim, foi uma coisa batante positiva na redução das vítimas e na melhoria da condição dos pedestres também, de quem está andando na bicicleta, exatamente por esse controle de velocidade. 
MARCAS DA GESTÃO
Eu acho que o trabalho e a inovação na cidade estão muito marcados aqui na nossa gestão. O volume de coisas feito na cidade é muito demonstrado em tudo o que a gente trouxe aqui para vocês, pela quantidade de equipamentos, a quantidade de obras, a quantidade de programas. E a inovação. Você ter na cidade hoje antenas de wifi, os meninos hoje ter na escola robótica, ter tablets, o menino ter passe livre, a gente ter o Prouni Recife, a gente ter na cidade os orientadores de trânsito, ter a faixa azul, ter a Zona 30. São muitas coisas novas que o Recife tem que não tinha há três anos atrás. A gente tem aí mais de 30 coisas absolutamente novas na cidade, que não tinha. E a dedicação ao trabalho, a mobilização da equipe e a soma de esforços. A gente sempre procura somar esforço com a sociedade para poder fazer mais, para conseguir entregar mais. Acho que essa é uma coisa muito patente na nossa gestão.

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