
Por Elton Ponce
A folia começa no Amparo.
Amaro Branco, Quatro Cantos e na Sé…
Não, minha rotina carnavalesca não é que nem o hino do 10 de Charque e uma Latinha, um dos blocos mais tradicionais de Olinda e cujo frevo, para mim, é um dos três melhores do Carnaval.
Amaro Branco, Quatro Cantos e na Sé…
Não, minha rotina carnavalesca não é que nem o hino do 10 de Charque e uma Latinha, um dos blocos mais tradicionais de Olinda e cujo frevo, para mim, é um dos três melhores do Carnaval.
A minha folia começa no ônibus, partindo para encontrar os amigos na Estação Joana Bezerra. De lá, metrô parando na Rua Imperial. Todos organizados, vamos para Dantas Barreto curtir o Galo. Para brincar no maior bloco em linha reta dobrada do universo, basta encostar num isopor e fazer a festa. Um “salsissão” aqui, um queijo assado acolá, vão passando os trios e a diversão é garantida.
Lá pras 16h, a pedida é esperar João do Morro e acompanhar até a Guararapes. Sensação melhor não há quando você dobra a avenida e encara aquele mundaréu de gente tomada de alegria. Essa é a primeira parte. Tudo isso porque, em seguida, é hora de pegar o busão na Cabugá e seguir para a Marim dos Caetés.
É a hora de encarar o Carnaval Verdade: as tradicionais troças Ceroula e John Travolta esquentam os tamborins com a orquestra de Oséas rasgando tudo. É Duas Épocas, Banho de Conde, Envenenado, Hino do Urso Cascudo do Amparo… repertório para folião nenhum botar defeito. Tudo isso é o esquenta da maior manifestação do Carnaval pernambucano: o Homem da Meia-Noite! O desfile do Calunga é a experiência mais impressionante para quem gosta de folia.
A multidão o reverencia como se fosse um Deus, e o desfile é uma epopéia pelas ruas e vielas do Amparo e de Guadalupe. Frevo, folia, spray de pimenta, confusão são os ingredientes do desfile, para não dizer que eu não avisei. Para os mais lights, vale chegar na Estrada de Bonsucesso e acompanhar a saída do boneco.
Eu confesso que não tenho pernas para ir até o Largo de Guadalupe às 4h acompanhar a entrega das chaves da Marim ao Cariri, mais antigo bloco da cidade. Quem sabe esse ano não estico e tomo do velho cearense o saco de pegar criança para brincar o Carnaval. Infelizmente a essa hora já é domingo. Para mim, o Sábado de Carnaval não deveria ter fim.
*Elton Ponce jornalista do Núcleo de Mídias Sociais do SJCC
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