Perdeu-se a luz
No auge da sua popularidade, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sacou da cartola nova modalidade de político, o poste. É aquele que nunca disputou uma eleição, mas foi bancado por capricho ou vaidade de quem o inventou. O maior triunfo aconteceu com a ex-presidente Dilma Rousseff, em 2010. Dilma, que nunca havia concorrido nem a grêmio estudantil, derrubou o atual ministro das Relações Exteriores, José Serra (PSDB). Por capricho do destino, ela se tornou, em período de 25 anos, o segundo presidente a sofrer processo de impeachment.
Inebriado pelo sucesso de Dilma, Lula saiu acendendo vários postes nos estados e nos municípios. Nas cidades, ele conseguiu eleger Fernando Haddad (PT) prefeito de São Paulo, em 2012. Naquele ano, o partido venceu ainda em Rio Branco, Goiânia, João Pessoa e São Paulo, a maior do país. Na eleição de 2014, para governadores dos estados e do Distrito Federal, Lula se empenhou para eleger o ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha (PT) governador de São Paulo. Perdeu.
No Rio de Janeiro, o senador Lindbergh Farias (PT) nem passou para o segundo turno. Em Pernambuco, estado onde nasceu o ex-presidente, Lula se envolveu na campanha de Armando Monteiro para o governo. Venceu o poste do ex-governador Eduardo Campos, o ex-secretário Paulo Câmara (PSB). No Paraná, Lula foi o fiador da campanha da ex-ministra Gleisi Hoffman. Nova derrota. No Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT) caiu no primeiro turno.
A força de Lula só prevaleceu com Fernando Pimentel (PT), eleito em primeiro turno governador de Minas Gerais, reduto eleitoral de Aécio Neves (PSDB), e com Rui Costa (PT), na Bahia. Na eleição deste domingo, confirmadas as pesquisas, os candidatos de Lula em Fortaleza, Recife, Natal, Porto Velho e Porto Alegre saíram derrotados das urnas. Rio Branco será a única capital onde o PT pode ganhar, mas a fatura não pode ser colocada na conta de Lula. Ele sequer pisou na capital do Acre. Lula perdeu o brilho e seus postes estão apagados.
Forças eleitorais - A eleição municipal que será realizada neste domingo (2) em todo território brasileiro, exceto no Distrito Federal, tende elevar o PSDB à condição de preferido da população. Em número de habitantes, o partido governará a maior parcela do eleitorado se confirmadas as vitórias de João Doria, em São Paulo, e João Leite, em Belo Horizonte, dois dos três maiores colégios do Brasil. Além dos tucanos, o PMDB deve sair fortalecido das eleições. A exemplo de disputas anteriores, os peemedebistas devem manter a posição de partido com o maior número de prefeituras no país. Sua força reside, exatamente, em cidades pequenas e médias.
Tom arrogante reprovado –
Nas rodas políticas ontem no Recife, quando o assunto debate na TV-Globo entrava na pauta, o que mais se comentava era a avaliação, unânime, de que o candidato do PSDB, Daniel Coelho, além de não esconder o nervosismo, expôs uma postura arrogante diante dos concorrentes, especialmente em relação ao prefeito Geraldo Júlio, do qual levou um nocaute quando o socialista revelou que fora autor de uma proposta na Câmara dos Deputados indo de encontro ao que agora prega em relação ao sistema de taxi alternativo Uber.
Nas rodas políticas ontem no Recife, quando o assunto debate na TV-Globo entrava na pauta, o que mais se comentava era a avaliação, unânime, de que o candidato do PSDB, Daniel Coelho, além de não esconder o nervosismo, expôs uma postura arrogante diante dos concorrentes, especialmente em relação ao prefeito Geraldo Júlio, do qual levou um nocaute quando o socialista revelou que fora autor de uma proposta na Câmara dos Deputados indo de encontro ao que agora prega em relação ao sistema de taxi alternativo Uber.
Fragmentação da esquerda - Com a crise política e ética que tomou de assalto o PT, a esquerda passa por um processo de fragmentação que acaba fortalecendo os partidos antes apêndices dos petistas. Nascido à esquerda do PT, o PSOL poderá se beneficiar da crise vivida pelos petistas nos grandes centros urbanos. Além de ter chances de sucesso em Belém e Cuiabá, o partido pode chegar ao segundo turno no Rio de Janeiro e em Porto Alegre.
Menina levada - O Itamaraty investiga as investidas de uma nora do ex-presidente Lula em viagens internacionais. Marlene Araújo costuma levar dos hotéis, em missões oficiais lençóis e toalhas, deixando a conta para os diplomatas, que só descobriam as peripécias depois da partida da mulher do ex-presidente. O Ministério Público de São Paulo investiga a nora de Lula, que recebia R$ 13 mil do Sesi, mas não trabalhava.
Gosto pelo luxo -
Durante visita oficial do ministro da Agricultura, Blairo Maggi, a países da Ásia, embaixadores criticaram a agressividade e a ostentação da ex-presidente Dilma Rousseff. Em certa viagem oficial, no segundo mandato, Dilma berrava com os funcionários do hotel e ordenou a troca total das mobílias do quarto. Já quando esteve em Cuba, vale lembrar, Dilma fez um “pit stop” em Lisboa. Durante estadia em terras patrícias, hospedou-se em uma suíte presidencial do luxuoso hotel Ritz, ao custo a R$ 26,2 mil.
Durante visita oficial do ministro da Agricultura, Blairo Maggi, a países da Ásia, embaixadores criticaram a agressividade e a ostentação da ex-presidente Dilma Rousseff. Em certa viagem oficial, no segundo mandato, Dilma berrava com os funcionários do hotel e ordenou a troca total das mobílias do quarto. Já quando esteve em Cuba, vale lembrar, Dilma fez um “pit stop” em Lisboa. Durante estadia em terras patrícias, hospedou-se em uma suíte presidencial do luxuoso hotel Ritz, ao custo a R$ 26,2 mil.
CURTAS
Novos pombinhos - Na véspera das eleições municipais deste ano, os empresários Flávio Martins Vieira e Melissa Garcia resolveram dar uma pausa da política. Apaixonados, os pombinhos se casam neste sábado (1) na Oficina Francisco Brennand, no Recife. Daí a razão de vir ao Recife, onde aproveito para reforçar a equipe de Magno Martins na cobertura das eleições de amanhã.
Onde está o dinheiro? - A falta de dinheiro para arcar as campanhas eleitorais começa a incomodar os deputados. “Não dá para ficar desse jeito. Não conseguimos fazer campanha. Imagine como vai fazer campanha um candidato a presidente, a governador, a senador?”, questiona Vanderlei Macris (PSDB-SP).
Perguntar não ofende - Por que o presidente Michel Temer não demite os petistas que tomaram conta do seu governo?
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.