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Enquanto no estado da Flórida, nos Estados Unidos, vivia-se o choque acerca do ataque a tiros na escola de ensino médio de Parkland no último dia 14, em Pernambuco o caso gerou susto e repercussão nas redes sociais do estudante de 14 anos Nikolas Cruz. O motivo foi simples: a semelhança entre o seu nome e o do atirador norte-americano.
O jovem relatou que o estranhamento foi inevitável desde as primeiras horas da tragédia. "Recebi inúmeras mensagens em inglês e não estava entendendo nada. Quem traduziu todas elas foi um dos meus irmãos mais velhos. Foi assim que descobri também sobre o caso."
Entre as principais mensagens recebidas erroneamente estavam comentários como: "Por que você fez isso?", "Espero que você aproveite o resto da sua vida na cadeia" ou mesmo xingamentos pessoais. "Não estou achando graça", chegou a comentar o jovem em resposta às mensagens recebidas.
Diante da situação, a mãe de Nikolas chegou ainda a conselhá-lo a excluir a conta pessoal e sair da internet para evitar problemas maiores. "Hoje nós sabemos que as redes sociais influenciam diretamente e intensamente a vida dos jovens, por isso que sugeri isto. Não queria vê-lo abatido com os comentários ruins que estava recebendo", relatou.
Embora não tenha tanta popularidade, o nome com a grafia Nikolas ainda representa 2.523 pessoas no Brasil, 30 dessas apenas em Pernambuco, segundo dados do IBGE. Por isso, a confusão não demorou para ser desmascarada e mensagens de apoio logo chegaram. "De imediato, eu fiz logo uma postagem relatando, em português mesmo, o erro, e, de fato, as pessoas chegaram para me apoiar", contou.
Nos comentários, as pessoas chegaram a debater entre si, um avisando ao outro sobre o erro e pedindo que evitasse mandar mensagens de ódio:
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"As pessoas tiram conclusões precipitadas e sem buscar os verdadeiros fatos. O real atirador está na prisão e seria impossível ele postar nas redes sociais. Às vezes, as pessoas precisam usar o senso comum. Tudo vai ficar bem."
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"Esse menino não fala nem Inglês e as pessoas estão achando que ele é o atirador da Flórida."
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"Eu me sinto mal por esse cara porque ele não é o atirador e as pessoas ficam atacando ele. As pessoas devem fazer um pouco mais de pesquisa."
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