sexta-feira, 30 de março de 2018

Quinta-Feira Santa: Missa do lava pés, ceia do senhor em Vertentes




 No calendário cristão, a Quinta-Feira Santa antecede o domingo de Páscoa. Essa data dá início ao tríduo pascal, a maior celebração da igreja católica, que relembra os mistérios da paixão, morte e ressurreição de Cristo1. Essa quinta-feira convida a comunidade cristã a reviver algumas das passagens mais importantes do Evangelho: a última ceia de Jesus com seus apóstolos antes de sua crucificação, o novo mandamento (amar uns aos outros), o lava-pés, a eucaristia2, além do sacerdócio ministerial3. Essa passagem é fundamental na tradição cristã e, com exceção do lava-pés, é reproduzida em todas as missas no ato da comunhão.
O capítulo 13 do Evangelho de João conta que Jesus profere um longo discurso aos seus discípulos. Durante a última ceia realizada com os apóstolos, fala-se principalmente das temáticas do amor e da fidelidade. João interpreta a passagem da última ceia nas seguintes palavras: “Tendo Jesus amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim”4. Em seguida, ocorre a cena do lava-pés, na qual Jesus lava os pés dos discípulos. Essa passagem é repleta de simbolismos. Representa o amor que Jesus recebeu do Pai e a transmissão do mesmo aos seus; representa a humildade de Cristo e antecipa de modo simbólico seu sacrifício na cruz5; representa colocar-se a serviço do próximo, não somente com um favor, mas dando amor ao outro2. O gesto torna-se ainda mais significativo quando, na época, o lavar pés era um gesto do anfitrião ao seu hóspede como sinal de acolhida. A cena representa, portanto, Jesus acolhendo no Senhor toda a humanidade2.
Já o capítulo 11 de Coríntios acrescenta que Jesus “deu graças” (eukaristein, no idioma em que foi escrito), de onde vem o termo eucaristia utilizado atualmente. Assim, Jesus partiu e compartilhou o pão com seus discípulos, dizendo “Isso é o meu corpo”. A cena é interpretada como a vida de Jesus oferecida a Deus e à humanidade, oferta que alimenta e dá vida à igreja2. Por fim, o sacerdócio ministerial lembra o chamado de Jesus para que os cristãos continuem fazendo como ele fez, ao dizer “Fazei isto em memória de mim”.




























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