Estão sendo investigados 20 servidores públicos - incluindo o prefeito Meira, o secretário Silvano Jackson e auxiliares da prefeitura - e sete empresas privadas.
Foram detectadas irregulares como como fraudes em licitações e má execução de projetos mal elaborados em nove contratos na área de obras e engenharia. Esses nove contratos estão sendo auditados pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-PE).
Auditorias investigam ainda possíveis fraudes em contratos de fornecimento de medicamentos e de merenda a escolas municipais, publicidade e propaganda, locação de imóveis e material médico-hospitalar. Foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão, um afastamento cautelar do secretário municipal de Infraestrutura, Silvano Jackson, e duas medidas protetivas em favor de testemunhas.
O empresário potiguar Carlos Augusto Bezerra de Lima é um dos alvos da operação. Ele é proprietário da CA Construções, uma das empresas envolvidas. A esposa dele, Joelma Soares Gomes da Silva, também é investigada. Outra empresa, a Esfera Construções, também faz parte do escopo da investigação. As duas empresas tiveram suas atividades suspensas.
A delegada do Departamento de Repressão ao Crime Organizado (Draco), Jéssica Ramos, à frente da investigação, esclarece que os trabalhos tiveram início em dezembro de 2018, quando fraudes em contratos de manutenção de escolas municipais foram detectadas. "Duas empresas de uma mesma pessoas concorriam com uma outra. Coincidentemente, uma dessas empresas venceu a licitação", afirmou a delegada, citando com o contrato era da ordem de R$ 1 milhão.
A PCPE pediu a prisão preventiva e afastamento do prefeito e dos demais envolvidos investigados, mas a solicitação foi negada pelo desembargador do Tribunal de Justiça de Pernambuco Mauro Alencar. "Existiam elementos de obstrução à Justiça. O desembargador responsável pela decisão entendeu que, no caso desse contrato, não existiria risco aos cofres públicos, pois era um caso antigo", esclareceu a gestora do Draco, Silvana Lélis. "O desembargador não descartou a possibilidade [de prisão e/ou afastamento] de acordo com as outras investigações", acrescentou.
Ainda de acordo com a delegada Jéssica Ramos, as duas testemunhas beneficiadas com as medidas protetivas estavam sendo fortemente ameaçadas por pessoas ligadas ao prefeito Demóstenes Meira. "As ameaças eram para 'não falar nada do que soubesse' e 'tomassem cuidado para o que pudesse acontecer'", detalhou. Fonte: Fábio Nóbrega
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