domingo, 17 de março de 2019

Jovem com Síndrome de Down se forma em fotografia e comemora vitória com exposição

Nicholas Filinkoski, de 23 anos, apresenta trabalho feito com outros jovens com Down na sexta-feira (22).





Os cliques na câmera carregam o conhecimento de um estudante que está se formando num curso superior de fotografia. Nicholas Filinkoski, de 23 anos, têm Síndrome de Down e está comemorando a conclusão do curso com uma exposição, que vai ser aberta na sexta-feira (22), no Paço Alfândega, no Recife.

Apaixonado por fotografia, Nicholas entrou, há pouco mais de dois anos, para a faculdade para aprender mais sobre a arte. "Quando faço as minhas fotos e vejo, fico muito orgulhoso. Aprendi a fazer fotos na faculdade, as professores ajudaram", conta.

O curso superior trouxe uma série de novidades para a família, que precisou se adaptar. A mãe do jovem, Elena Filinkoski, chegou a se matricular na faculdade, fez parte de alguns grupos de trabalho do filho para mostrar aos colegas de turma que ele também era capaz e estava lá para aprender.

"Existe um desconhecimento. Depois que as pessoas aprendem a conviver, as pessoas conseguem captar que o Nicholas pode aprender qualquer coisa, que ele precisa de um pouco mais estímulo, mas consegue acompanhar", explica.

Nicholas já terminou as aulas e vai pegar o diploma na segunda-feira (18). A exposição é composta por ensaios com modelos que também têm a Síndrome de Down.

A formatura e a exposição são comemoradas pelo jovem: são uma conquista que venceu os preconceitos. "Eu tô muito feliz que estou podendo tirar foto das minhas modelos", explica

A família toda torceu e se esforçou para que Nicholas se formasse e, agora, os pais comemoram as conquistas do primeiro do filho. "Eu fico feliz de ver as fotos dele, a produção dele. Quando ele faz, eu não vejo. Só vejo depois e fico 'caramba, ele fez essa foto'. Ele conseguiu captar a sensibilidade", conta a mãe.

"É um orgulho ver ele se formar. Eu sempre me emociono. O que para nós é uma simples conta de dois mais dois, para ele é uma dificuldade dobrada. Ele vem sendo estimulado desde criança. Um pediatra disse desde criança que ele podia fazer o que quisesse, era só estimular", explica o pai, Roberto Filinkoski.

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