Polícia Civil apura ameaça de atentado em escola do Recife

A Polícia Civil abriu, quarta-feira, um procedimento investigativo para apurar a possibilidade de um atentado a uma escola da Zona Sul do Recife que seria orquestrado por um estudante.

A Polícia Civil abriu, quarta-feira, um procedimento investigativo para apurar a possibilidade de um atentado a uma escola da Zona Sul do Recife que seria orquestrado por um estudante. O caso se junta a outras denúncias de ataque - que cresceram após o massacre de na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, no Grande São Paulo - e abre a discussão sobre bullying no ambiente escolar.

Isso porque, para muitos especialistas, muitas desses questões têm sido atribuídas à fragilidade da saúde mental dos jovens e à prática de bullying nas escolas, que pode levar a comportamentos extremos. Para a psicóloga e especialista em Neuropsicologia, pelo Instituto de Neuropsicologia do Recife (Inap), Ikla Cavalcante, os pais não devem naturalizar certos comportamentos, acreditando que não passam de brincadeiras.

“É preciso identificar se a criança ou adolescente está em sofrimento físico e psicológico através de seu comportamento e falar sobre o que está acontecendo no sentido de prevenção, a violência não é algo normal”, alerta. Para Ikla, cabe a ca­da escola desenvolver seu método de combate ao bullying, no entanto, é importante conscientizar o uso, principalmente, da internet.

“Não se trata de privar, mas de usar esse espaço da melhor forma. Os pais precisam estar junto destas crianças e adolescentes e saberem o que estão consumindo, que tipo de plataforma, fórum eles estão acessando e o conteúdo que está sendo visto”, declarou. “Precisamos estimular conversas dentro dos diferentes núcleos familiares e as escolas devem trabalhar nessa conscientização. Alguns alunos fizeram menção ao que aconteceu na cidade de Suzano, e de como isso afetou eles na rotina”, afirmou a especialista após realizar palestra ontem no Recife sobre “Entendendo o Bullying".

CASO

O novo caso de suposta ameaça ataque é o segundo na capital após massacre em Suzano. O primeiro boato seria um atentado nas proximidades da Unicap na semana passada. No de ontem, o crime seria praticado no colégio particular da Zona Sul do Recife. Um aluno teria trocado mensagens nas redes sociais levantando a possibilidade de ataque. A família foi acionada e a instituição informou que já adotou medidas de seguranças cabíveis. Fonte: Folha PE