segunda-feira, 13 de maio de 2019

Dois homens são presos em Itamacará com 525 kg de lagosta

De acordo com a Polícia Federal, a lagosta vermelha tem pesca proibida durante o período de defeso, que começou em 1° de dezembro de 2018 e vai até o dia 31 de maio deste ano


Dois homens foram presos com 525 kg de lagosta que foram pescados em período proibido na Ilha de Itamaracá, no Litoral Norte de Pernambuco. A prisão foi feita na operação Argos, deflagrada pela Polícia Federal de Pernambuco (PF/PE) e pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Os pescadores Mario Jonas Silva Amorim, 34 anos, residente em Brasília Teimosa, na Zona Sul do Recife, e Lucas Batista da Silva, 21 anos, morador de Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife, foram presos na tarde da última quinta-feira (9), durante fiscalização no mar da Ilha de Itamaracá.

Segundo a PF, ao serem abordados, os pescadores - ambos naturais do Rio Grande do Norte - informaram que estavam fazendo pescaria de linha, porém, ao entrarem na embarcação, os fiscais e policiais encontraram um cilindro de oxigênio, além de compressor, botijão de gás, apetrechos e mangueira de mergulho, materiais característicos de pesca submarina predatória.

Ao ser vistoriado, foram encontrados no porão da embarcação 525 kg de lagosta vermelha, espécie de pesca proibida durante o período de defeso, que começou em 1° de dezembro de 2018 e vai até o dia 31 de maio deste ano. Ainda de acordo com a PF, muitas delas estavam condicionadas em um isopor com gelo e fora das especificações legais (peso, tamanho e em fase de reprodução). A embarcação já estava há sete dias em alto mar, a cerca de 24 km da costa, e se preparava para retornar à área firme.

Os homens foram presos em flagrante e levados para a Polícia Federal, no Recife, e autuados por pesca em período proibido, com pena de detenção que varia de um a três anos, além de multa. Também foi determinada fiança no valor de R$ 5 mil, mas, como eles não tiveram condições de pagar, foram encaminhados à audiência de custódia e, de lá, para o Centro de Observação e Triagem (Cotel), em Abreu e Lima.

As lagostas foram doadas para a instituição Mesa Brasil, ligada ao Serviço Social do Comércio (Sesc), que trabalha com restaurante voltado ao público de baixa renda. A Polícia Federal e o Ibama alertam que, no período de defeso, nenhum pescador pode pescar lagosta, pois os crustáceos podem não se reproduzir, causando grandes prejuízos tanto para o meio ambiente quanto para os próprios trabalhadores, que vivem do pescado - todo pescador cadastrado tem direito a um seguro defeso de até um salário mínimo para suprir as suas necessidades no período em que a pesca é proibida. Fonte: FolhaPE

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