O Globo - Por Cássia Almeida
RIO - O sindicato nacional dos funcionários do IBGE divulgou nota nesta segunda-feira com alertas sobre os riscos para a realização do Censo Demográfico de 2020, levantamento socioeconômico que acontece a cada dez anos e que vai a todos os lares brasileiros. Segundo Dione de Oliveira, dirigente do sindicato, o ideal era que houvesse 215 mil recenseadores para chegar aos cerca de 70 milhões de domicílios no Brasil:
- Mas a previsão é de 180 mil. A opção pela resposta pela internet não funciona. Isso já foi mostrado em outras fases do Censo. A resposta foi de 2,3%, quando se esperava 20%. Foi aplicado um modelo no censo experimental em Poços de Caldas (entre setembro e este mês) que já tinha sido rejeitado em outros testes.
O sindicato afirma que era necessário enviar e-tickets pelos Correios, para que o cidadão respondesse pela internet. “Para além do valor unitário cobrado pelos Correios (...), aspectos relacionados às falhas na entrada dos e-tickets foram determinantes para a rejeição do modelo (...). Uma remessa que deveria chegar a Rio Branco (AC) foi parar em São Gonçalo (RJ)”, diz a nota.
O sindicato também cobra mais informações. Segundo o comunicado, a avaliação interna não responde perguntas como a parcela de domicílios fechados na operação em Poços de Caldas, nem traz comparações com outros censos.
— A avaliação enviada pela rede interna, que mostra que foi um grande sucesso o censo experimental, não trouxe um dado técnico sequer. Só a nota dos recenseadores de 6,5. Mas não sabemos o que quer dizer a nota — afirma Dione.
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