sábado, 8 de agosto de 2020

Empresas privadas irão montar fábrica para produzir vacina contra o coronavírus no Brasil

Brasil já tem uma rede de cobertura efetiva por causa de experiências com outras vacinas. Imunização contra a covid pode começar ainda neste ano. - FOTO: BRUNO CAMPOS/JC IMAGEM

Oito empresas privadas se uniram para levantar fundos e ajudar o Brasil na produção das doses da vacina contra o novo coronavírus (covid-19). Custando R$ 100 milhões, as instalações terão capacidade de produzir até 30 milhões de doses mensais. As companhias irão equipar e financiar a infraestrutura necessária à produção da vacina contra a covid-19 e posteriormente doar à Fiocruz sem a utilização de dinheiro público. Inicialmente será construído um laboratório de controle de qualidade, para a realização dos testes.

Doado pela Ambev, Americanas, Itaú Unibanco, Stone, Instituto Votorantim, Fundação Lemann, Fundação Brava e a Behring Family Foundation, o dinheiro vai ser usado desde a primeira fase de incorporação do imunizante pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos /Fiocruz), no Rio de Janeiro, que consiste no recebimento de 100 milhões de doses do ingrediente farmacêutico ativo (IFA) até o processamento final (formulação, envase, rotulagem e embalagem).

A vacina que será produzida na unidade está sendo desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Estados Unidos, junto ao laboratório farmacêutico britânico AstraZeneca. O imunizante da instituição norte-americana é o mais avançado, até o momento. O projeto se encontra na fase III de testes no Brasil e outros países, como África do Sul, Reino Unido e EUA. A expectativa é de que esta vacina tenha a submissão do seu dossiê de registro entregue à agência regulatória nacional antes do final de 2020.

As doses produzidas serão doadas ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde, para imunização da população de acordo com a sua estratégia.

Além da vacina

O grupo ainda anunciou que investirá em melhorias no parque fabril de Bio-Manguinhos/Fiocruz, assim como na aquisição dos equipamentos necessários à absorção total da tecnologia para produção do IFA. A previsão é que toda a infraestrutura esteja pronta até o começo de 2021.

Legado

Quando concluídos todos os investimentos, Bio-Manguinhos/Fiocruz terá também capacidade para produzir outras vacinas no futuro, incluindo outros tipos contra a covid-19 que sejam aprovados. A unidade produtora pode acelerar a solução para doenças futuras.

Acompanhamento

A Ambev será corresponsável, junto com a Fiocruz, pela gestão e execução do projeto, sob supervisão técnica de Bio-Manguinhos/Fiocruz. Um comitê composto por todas as empresas e fundações será formado para acompanhar o andamento das obras e aquisições dos equipamentos.
Investimento em São Paulo

Parte dos integrantes da coalizão também apoiará a construção de uma fábrica similar no Instituto Butantan, em São Paulo. As duas iniciativas serão as primeiras fábricas capazes de produzir este tipo de vacina na América do Sul.

Da redação do Blog Vertentes Notícias 
Com informações do JC NE10

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.