quinta-feira, 30 de setembro de 2021

Suspeitos de desviar R$ 30 milhões através de empresas de fachada são alvo de operação em Pernambuco

Operação cumpriu mandado em distribuidora de água - Foto: Divulgação/MPPE

Suspeitos de abrir empresas de fachada e usar terceiros para produzir créditos fictícios para sonegar impostos são alvos da Operação Hydra, deflagrada nesta quinta-feira (30), em Pernambuco.

De acordo com o Ministério Público de Pernambuco (MPPE), o valor desviado que já foi identificado chega a R$ 30 milhões, mas o montante efetivamente sonegado é maior.

A operação conjunta foi deflagrada por Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Polícia Militar de Pernambuco e Secretaria da Fazenda de Pernambuco (Sefaz-PE).

Para esta quinta-feira, foram expedidos e cumpridos dois mandados de prisão e 20 mandados de busca e apreensão para endereços no Recife; em Jaboatão dos Guararapes, Olinda, Paulista e Abreu e Lima, na Região Metropolitana do Recife (RMR); e em Caruaru, Sairé e Gravatá, no Agreste do Estado.

Segundo o coordenador do Gaeco, o promotor de Justiça Frederico Magalhães, a investigação, que foi iniciada há um ano, almeja colher documentos e equipamentos eletrônicos que possam contribuir com a investigação em desfavor de 20 alvos.
“A operação foi realizada em empresas e residências visando solidar a operação”, comentou o coordenador.
Foram apreendidos celulares dos alvos da operação, dinheiro em espécie, armas, computadores, comprovantes de pagamento, livros de movimentação contábil, contratos, escrituras de bens e outros documentos.

Ao todo, são 11 pessoas físicas e sete empresas alvo envolvidas nos delitos, entre elas a Limeira Distribuidora de Água, que inspirou o nome da operação.

Duas pessoas foram presas e encaminhadas para audiência de custódia e em seguida levados para o Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), localizado em Abreu e Lima, na RMR.

Modus operandi

De acordo com o promotor de Justiça Russeaux Araújo, responsável pela operação e por uma das prisões de acordo com o Gaeco, o grupo utilizava empregados e familiares no quadro societário e criava as empresas de fachada para produzir créditos inexistentes.
“Os criminosos abriam empresas de fachada para gerar créditos inexistentes, ao invés de pagar os impostos. Faziam utilização de 'laranjas' e 'testas de ferro' para se desviar da responsabilidade tributária”, explicou Russeaux Araújo.
"O MPPE segue fortalecendo o combate à sonegação fiscal. O Gaeco está potencializando a atuação estratégica à macro sonegação fiscal com recuperação de recursos com interação com a Secretaria da Fazenda", finalizou o promotor.
Da redação do Blog Vertentes Notícias
Com informações da Folha PE

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