quinta-feira, 4 de novembro de 2021

Recém-nascido abandonado em Olinda segue estável e sem previsão de alta

Hospital do Tricentenário, em Olinda - Foto: Divulgação

O recém-nascido encontrado abandonado, na última terça-feira (2), dentro de uma sacola no bairro do Carmo, no Sítio Histórico de Olinda, Região Metropolitana do Recife, segue internado. Segundo a Polícia Civil de Pernambuco, o bebê, de 2,740 quilos e 48 centímetros, foi achado por um vendedor ambulante que o levou ao Hospital do Tricentenário, em Bairro Novo, também na cidade de Olinda.

De acordo com o boletim divulgado na última quarta-feira (3) à noite pelo hospital, o estado de saúde do menino é estável, mas inspira cuidados. Ele segue em observação após ser constatada uma infecção e ainda não há previsão de alta.
“O recém-nascido encontrado em uma das ruas de Olinda e levado ao Hospital do Tricentenário, na manhã da última terça-feira (2), segue em observação na unidade. Com os primeiros resultados dos exames de rastreio, foi constatada uma infecção, havendo a necessidade do uso de antibióticos, que já foram iniciados”, detalhou o hospital em nota.
“Apesar disso, ele segue clinicamente estável, sem a necessidade de suporte respiratório e da incubadora. O recém-nascido iniciou a dieta através do uso do copinho e está em bercinho aquecido. Inspirando cuidados, não há previsão de alta, até a realização dos próximos exames”, completou o boletim.
O Conselho Tutelar de Olinda foi acionado pela unidade hospitalar e foi registrado um boletim de ocorrência por abandono de incapaz. A Polícia Civil instaurou um inquérito policial para investigar o caso. Até o fechamento desta edição, a pessoa responsável pelo abandono do bebê não havia sido localizada e nenhum familiar tinha se apresentado à polícia.

Após a alta, a criança será encaminhada para a Casa de Passagem de Olinda, instituição que recebe crianças sem identificação de familiares. Segundo a coordenadora do Conselho Tutelar de Olinda, Cláudia Moura, o recém-nascido já está sob tutela do estado e, ainda que algum parente apareça, a decisão sobre o destino do bebê ocorrerá por via judicial.
“Se alguém aparecer, o conselho precisa sentir segurança nesse familiar. Não é apenas chegar e dizer que é um parente. Então, vamos deixar essa decisão para o Ministério Público, uma decisão judicial, com os membros da Vara da Infância, com a equipe técnica que faz a escuta e o relatório”, explicou. “Comunicamos ao Ministério Público para que, junto com a Vara da Infância, faça todo o trâmite judicial para verificar a questão de adoção e possível nova família", frisou.
A coordenadora reforçou, ainda, o pedido para que a população ajude a identificar os responsáveis pelo abandono, bem como a família do bebê: “Nós não sabemos quem é a família, não sabemos o que aconteceu. Por isso também não podemos entregar o bebê caso apareçam. Mas precisamos trazer essa história para entender o que houve. Ainda estamos sem informação”, comentou. Quem souber de informações sobre o caso pode entrar em contato pelo telefone (81) 9262-9972.

O Conselho Tutelar ressalta, também, que mães que não podem criar seus filhos têm a opção de buscar, durante a gravidez, o projeto Acolher, que atua com abrigo para esses casos, e, assim, não cometer o crime de abandono.

Da redação do Blog Vertentes Notícias
Com informações da Folha PE

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