segunda-feira, 13 de dezembro de 2021

Dia do Forró: conheça a trajetória de Luiz Gonzaga, o rei do baião


Nesta segunda-feira (13), é comemorado o Dia do Forró. O motivo da data ter sido escolhida para ser celebrada nesse dia de dezembro é o nascimento de Luiz Gongaza, um dos principais nomes responsáveis por levar o forró para o resto do país e também para o mundo. O artista nasceu no dia 13 de dezembro de 1912 em Exu, Pernambuco.

Gonzaga era filho do lavrador e sanfoneiro Januário José Santos e da agricultora Ana Batista de Jesus. Ele se interessou por música desde muito cedo e começou a tocar a sanfona de oito baixos do pai. Tinha também o costume de ajudar tocando zabumba e cantando em festas religiosas e feiras.

Ele foi servir ao exército em 1930 e viajou como corneteiro pelo país todo. Em 1939, ele deu baixa e foi morar no Rio de Janeiro, onde passou a tocar em bares e outros estabelecimentos. Depois, começou a participar de programas de calouros, mas o destaque só veio com a participação no programa de Ary Barroso, na Rádio Nacional, em que solou a canção "Vira e mexe".

Gonzaga gravou discos como sanfoneiro para outros artistas, mas conseguiu a oportunidade de gravar como solista em 1941. Participou de vários programas, trabalhou em algumas emissoras de rádio e continuou gravando solos de sanfona.

Em 1943 foi iniciada sua parceria com Miguel Lima, que compôs uma letra para "Vira e mexe", mudando-a para "Chamego". Entre outros sucessos da dupla, estão "Cortando Pano", "Dança, Mariquinha", "Penerô Xerém" e "Dezessete e Setecentos".

Luiz Gonzaga também fez uma parceria importante com Humberto Teixeira e se destacou com músicas que falavam sobre o Nordeste, como "Baião" e "Meu Pé de Serra" (de 1946), "Asa Branca" (de 1947), "Juazeiro" e "Mangaratiba" (de 1948) e "Paraíba" e "Baião de Dois" (de 1950). A importante parceria com Zé Dantas começou em 1950 e, com ele, vieram outras músicas de sucesso, como "Cintura Fina" e "A Volta da Asa Branca".

As canções de Gonzaga estavam se tornando tão conhecidas que chegaram a ganhar regravações nas vozes de artistas como Caetano Veloso, Gilberto Gil e Geraldo Vandré. Nos anos 80, o rei do baião, já consolidado, continuou investindo em parcerias e gravou com nomes importantes como Dominguinhos, Milton Nascimento, Elba Ramalho e Gonzaguinha.

Luiz Gonzaga gravou 56 discos e compôs mais de 500 canções. Ele faleceu no dia 2 de agosto de 1989, no Recife, em Pernambuco.

Da redação do Blog Vertentes Notícias

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