quinta-feira, 18 de maio de 2023

Quatro policiais são indiciados no caso de soldado que matou esposa grávida e dois colegas de farda no Recife

Colegas de trabalho em enterro do tenente Souza, assassinado por Guilherme Barros - Foto: Arthur Mota/Folha de Pernambuco

A Polícia Militar de Pernambuco (PMPE) informou, nesta quarta-feira (17), que quatro policiais da corporação foram indiciados nas investigações sobre o soldado Guilherme Barros. Ele matou a esposa grávida no Cabo de Santo Agostinho e depois atirou em quatro colegas - matando dois deles - no 19° Batalhão, no bairro do Pina, na Zona Sul do Recife, no dia 20 de dezembro de 2022.

Todos foram indiciados por prevaricação, que é quando um funcionário público dificulta ou falta com os deveres de seu cargo por interesses pessoais.

Além da prevaricação, um dos policiais indiciados também acumulou o indiciamento por fraude processual, e outro por omissão penalmente relevante.

Os policiais investigados continuarão no exercício de suas atividades enquanto o processo não for julgado.

Relembre o caso:

Guilherme Barros

O PM Guilherme Barros matou sua esposa, que estava grávida, no Cabo de Santo Agostinho, no dia 20 de dezembro de 2022. Claudia Gleice da Silva morreu enquanto dormia e tinha planos de denunciar o esposo por violência no dia seguinte.

Logo após matar sua esposa, Guilherme pegou um carro de aplicativo até o seu trabalho, no 19º Batalhão da Polícia Militar (BPM), no bairro do Pina. Lá, ele atirou em quatro colegas antes de morrer, provavelmente, por suicídio. Dois policiais morreram e dois ficaram feridos após o ataque.

Enquanto seguia no carro de aplicativo, o policial teria enviado um áudio para sua mãe. Na mensagem, Guilherme pediu desculpas e disse ter cometido o crime por conta da separação do casal.

Confira a nota completa da PMPE:

A Polícia Militar informa que tomou conhecimento do resultado das investigações que, resultou no indiciamento de quatro policiais militares da Corporação. Dois deles por prevaricação, um deles por prevaricação e fraude processual e o quarto PM indiciado por prevaricação e omissão penalmente relevante. Os militares serão submetidos ao Conselho de Disciplina à luz do Direito Administrativo. À luz da Carta Federal de 88, eles têm o direito da ampla defesa e o contraditório e, enquanto não transitar em julgado os processos, tanto penal quanto administrativo, os policiais continuarão no exercício de suas atividades.

Da redação do Blog Vertentes Notícias
Com informações da Folha PE

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