terça-feira, 24 de outubro de 2023

MPPE cumpre mandados de busca e apreensão sobre chacina de Camaragibe e Paudalho

Policiais envolvidos no caso de Camaragibe após prestarem depoimentos, deixam a sede do GOE sem conceder entrevistas à imprensa - Foto: Júnior Soares / Folha de Pernambuco

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) cumpre, nesta terça-feira (24), mandados de busca e apreensão relacionados à sequência de assassinatos que ocorreu entre 14 e 15 de setembro nas cidades de Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife, e em Paudalho, na Zona da Mata Norte do Estado. Ao todo, nove pessoas morreram, sendo oito nos dois dias e uma no último sábado (21).

De acordo com o MPPE, os mandados foram expedidos a partir de procedimento de investigação criminal relacionado aos crimes. O Ministério também reforçou que acompanha o trabalho desenvolvido pela Polícia Civil "sem perder de vista sua autonomia investigatória".

Na noite de 13 de setembro, Alex Barbosa da Silva trocou tiros com dois policiais militares, em Camaragibe. Os agentes morreram. Logo após o confronto entre Alex e os PMs, outras seis pessoas foram assassinadas entre a madrugada e a manhã do dia 14, sendo cinco parentes de Alex e ele próprio.

Ana Letícia da Silva, que foi usada como escudo humano por Alex durante o confronto com os PMs, morreu, no último sábado (21), após passar mais de um mês internada. Ela, grávida de 7 meses, havia sido baleada na cabeça. 

O Ministério Público não informou quantos mandados foram cumpridos e nem quem são os alvos. "Em face do sigilo sob o qual tramitam as diligências, não há possibilidade de serem divulgadas maiores informações", explicou o órgão.

O cumprimento das ordens judiciais foi coordenado por membros do Ministério Público e, pela sua dimensão, contou com o apoio da Corregedoria da Secretaria de Defesa Social.

"Dada à complexidade dos fatos, a partir de procedimento de investigação criminal específico, foram requeridas medidas cautelares ao Poder Judiciário a fim de possibilitar uma compreensão mais aprofundada de como os fatos ocorreram e de quem deles, em tese, teve alguma participação", acrescentou o MPPE.

Da redação do Blog Vertentes Notícias
Com informações da Folha PE

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