terça-feira, 3 de junho de 2025

Falhas em mutirões oftalmológicos deixam mais de 200 pacientes com sequelas no Brasil

Casos de infecções e perda de visão acendem alerta sobre segurança em procedimentos médicos coletivos. Errta Rianny, de 43 anos foi uma das pessoas prejudicadas.

Mais de 200 pessoas enfrentam complicações após cirurgias oftalmológicas realizadas em mutirões em diferentes estados do país desde 2022. Dados compilados pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) apontam que, desse total, dois a cada dez pacientes perderam parcial ou totalmente a visão.

Os registros incluem episódios recentes, como o de Campina Grande (PB), onde pelo menos 30 pessoas desenvolveram infecções após aplicação de medicamentos. Situações semelhantes foram relatadas em Rondônia, Amapá, Pará, Rio Grande do Norte e São Paulo. O CBO reforça que mutirões devem seguir rigorosos protocolos sanitários e ser conduzidos exclusivamente por especialistas, com acompanhamento pós-operatório mínimo de 30 dias.


Em Campina Grande, a paciente Errta Rianny, de 43 anos denunciou ter recebido colírio vencido para tratar infecção contraída após cirurgia. A Fundação Rubens Dutra, responsável pelo mutirão, nega fornecimento de medicamentos, alegando que a competência seria do Estado. Enquanto isso, o Ministério Público da Paraíba investiga o caso e submeteu amostras dos remédios à Vigilância Sanitária.

A Secretaria de Saúde estadual confirmou que seis frascos de medicamentos usados no mutirão estavam vencidos e abertos. O contrato com a fundação foi rescindido, e pacientes sintomáticos seguem em monitoramento. O CBO alerta que mutirões com registros de infecções devem ser imediatamente suspensos até conclusão das apurações.

Da redação do Blog Vertentes Notícias
Com informações do Blog Estação Notícias

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