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A vítima tinha deixado o Presídio de Canhotinho há apenas 15 dias e estava para retornar para o sistema prisional. |
A noite na segunda-feira (16) foi marcada por mais um episódio de violência em Santa Cruz do Capibaribe, no Agreste de Pernambuco. Helton Jhon, de 31 anos, não completou sequer duas semanas em liberdade antes de ter sua vida interrompida a tiros no Bairro Acauã. Enquanto peneirava areia em uma obra na Rua da Família, homens armados se aproximaram e dispararam contra ele, sem deixar margem para reação.
A tornozeleira eletrônica que monitorava seus passos ainda estava lá, presa ao seu corpo, quando os tiros ecoaram. Helton havia deixado o Presídio de Canhotinho há apenas 15 dias e, ironicamente, estava a dois dias de voltar para trás das grades. Seu pai, entre lágrimas, confirmou que o filho tinha um encontro marcado com a Justiça na quarta-feira (18). Agora, o destino o levou para outro lugar – a mesa fria do IML.
Moradores ouviram os estampidos e, em instantes, encontraram Helton caído, já sem vida. Cinco marcas de bala perfuravam seu corpo, e cápsulas espalhadas pelo chão sugeriam a ação rápida e calculada de quem não queria deixar margem para erro.
A polícia ainda não sabe ao certo o que levou àquela execução. Roubo? Dívida? Vingança? As perguntas ficam no ar, assim como o silêncio pesado que tomou conta da obra inacabada onde Helton trabalhava pela última vez. Seus últimos dias em liberdade terminaram mais cedo – e de forma mais brutal – do que qualquer sentença poderia prever.
O corpo seguiu para Caruaru, e o caso agora está nas mãos da Delegacia de Homicídios.
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