Insatisfeito com treino de domingo, técnico da Seleção Brasileira dá bronca nos jogadores.
Treinador não gostou do que viu no treino e pode fazer mudanças no time titular

Teresópolis-RJ – O técnico Luiz Felipe Scolari não escondeu a insatisfação com o desempenho da Seleção no treino coletivo da manhã de ontem, na Granja Comary. Nem durante o trabalho, quando deu uma verdadeira bronca no grupo, presenciada por todos que acompanharam a movimentação. Nem depois do treinamento, quando deu uma entrevista ao vivo para a TV Globo. “Não gostei do treino, não gostei nada. Tudo errado”, criticou.
As recorrentes queixas de Felipão, gritando à beira do campo principal da Granja Comary, durante o coletivo, foram fundamentadas nos contragolpes cedidos pelo time titular. William, com o colete vermelho dos reservas, fez pelo menos três boas jogadas. Em uma delas, a bola chegou em Hulk – que foi para o time suplente no segundo tempo -, e o atacante encobriu Júlio César. O espaço dado após desarmes sofridos à frente irritaram o técnico. “Muita liberdade, muito contra-ataque, uma série de detalhes que não é o normal da Seleção”, comentou, na entrevista.
A insatisfação do treinador pode resultar em mudanças no time titular. Após pouco mais de uma semana com o grupo, Felipão admitiu que nada está definido e que a base que vem sendo utilizada nos treinamentos pode mudar. “Fizemos o teste e vamos analisar se iremos dessa forma ou com outro jogador. Quando eu não gosto, tenho que achar uma solução para que eu fique satisfeito”, afirmou Felipão.
A bronca, claro, repercutiu na entrevista coletiva dos jogadores, após o treinamento. Consideradas normais, as reclamações de Felipão foram logo assimiladas pelo grupo, segundo o lateral esquerdo Maxwell. “Recebemos uma cobrança para as jogadas de contra-ataque. É natural numa equipe que está pegando entrosamento e forma tática de jogar. É importante ter o treinador cobrando e dando alguns toques”, avaliou o lateral do PSG.
Para Maxwell, a liderança de Felipão é importante na compreensão dos atletas sobre a melhor forma de conter as investidas adversárias – maior preocupação do treinador para a Copa do Mundo. “Ele (Felipão) tem a voz de comando e temos que aceitar e procurar melhorar. Coletivo não é um jogo e ele já tem ideia de como vamos jogar”, reforçou o lateral.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.