terça-feira, 18 de novembro de 2014

Pernambuco confirma segundo caso de febre chicugunha

Da editoria de Cidades

 / Foto: Rodrigo Lôbo/Acervo  JC Imagem

Foto: Rodrigo Lôbo/Acervo JC Imagem

Pernambuco confirmou o segundo caso de febre chicungunha, o primeiro de adoecimento local, mas ainda de infecção fora do Estado. É uma mulher de Petrolina (Sertão), moradora da área rural, que adquiriu o vírus ao visitar parentes no município de Feira de Santana, na Bahia, onde há um surto da nova doença. O primeiro comprovado foi um residente do Recife, que se infectou fora do Brasil, na República Dominicana, e apresentou sinais da enfermidade no Ceará.


Segundo a coordenadora do programa estadual de combate à doença, Claudenice Pontes, a partir de agora aumentam as chances de início da transmissão local. Duas pessoas que residem próximo à moradora de Petrolina apresentaram sinais da doença e estão sendo investigadas. Se confirmados esses dois novos casos suspeitos, estará comprovado o começo da transmissão local.

Com os novos registros, passam a ser 14 notificações de chicungunha em Pernambuco, duas confirmadas, dez descartadas inclusive com segundo exame, além das duas ainda sob análise das vigilâncias epidemiológicas de Petrolina e do Estado.

A segunda confirmação foi feita pelo Laboratório de Saúde Pública do Estado (Lacen), na última sexta-feira. A paciente, que passa bem, apresentou em agosto sinais de dengue, doença confirmada por exame laboratorial. A suspeita de chicungunha, que tem sinais iguais, só surgiu mais recentemente, quando a moradora procurou unidade de Saúde da Família queixando-se de dores prolongadas nas articulações (é a diferença clínica da dengue). É provável que ela tenha adoecido com dengue e chicungunha ao mesmo tempo.

“As duas podem ser transmitidas pelo mesmo mosquito”, esclarece Claudenice Pontes. Os Aedes aegypti e albopictus podem se infectar com humanos e manter a cadeia de transmissão, disseminando tanto dengue quanto chicungunha.

“Residentes em Petrolina não devem entrar em pânico. Foi realizado bloqueio na área onde o caso confirmado reside e a comunidade está sendo monitorada. O mais importante agora é a população do Estado entender que o foco pode estar na casa de cada um de nós”, lembra Claudenice Pontes. Ela apela para que todos reforcem a vigilância para eliminação de criadouros. São fundamentais evitar jogar lixo no quintal e nas ruas, como também manter tampados os reservatórios d’água.

Já era esperado que a febre chicungunha chegasse primeiramente à Petrolina por causa da proximidade com o Estado da Bahia. O município do Sertão de São Francisco enfrenta racionamento d’água, favorecendo o uso de reservatórios domésticos, como caixas, tonéis e baldes, que podem se tornar focos se não forem tampados.

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