terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Familiares de presos denunciam agressões e irregularidades no Complexo Prisional do Curado

Do NE10Com informações de Marília Banholzer, direto do local
Parentes dos presos se aglomeram do lado de fora do presídio em busca de notícias / Foto: Guga Matos/JC Imagem
Parentes dos presos se aglomeram do lado de fora do presídio em busca de notíciasFoto: Guga Matos/JC Imagem
Muita revolta entre os familiares dos detentos do Complexo Prisional do Curado, Antigo Aníbal Bruno, onde uma rebelião nesta segunda-feira (19) deixou 2 mortos e 29 feridos. Do lado de fora, sem notícias dos presos, eles denunciam agressões por parte de policiais e uma série de irregularidades que ocorrem durante os dias de visita.
A maior parte dos que se aglomeravam no local era formada por mulheres, entre mães, esposas e irmãs de presos. Sempre que uma ambulância aparecia, era cercada por pessoas que buscavam notícias dos parentes, sem resposta. Uma mulher afirmou que os policiais agiram de forma truculenta para afastar a multidão dos veículos, chegando à agressão física.
Mulher chegou a desmaiar durante tumulto
Mulher chegou a desmaiar durante tumultoFoto: Guga Matos/JC Imagem
Em conversa com a reportagem doNE10, duas mulheres que preferiram não ser identificadas, denunciam irregularidades nos dias de visitas aos detentos, como confisco de alimentos e maus-tratos a crianças que também visitam o complexo prisional. 

O motivo da rebelião dos detentos das três unidades prisionais do complexo é exatamente uma maior celeridade no julgamento dos processos.
 

Uma das mulheres disse que o marido foi condenado a 2 anos e 4 meses de reclusão por assalto. Tendo cumprido 1 ano e 5 meses da pena, não consegue ter acesso à progressão para o regime semiaberto por causa da burocracia jurídica. Outra, que tem o marido preso por tentativa de homicídio na unidade prisional Marcelo Francisco de Araújo, também denuncia que a burocracia impede a progressão de regime do seu companheiro.

Depois do anúncio do fim da rebelião por parte da Secretaria de Ressocialização do Estado, alguns familiares disseram ter visto ainda detentos nus sendo espancados por policiais. Por volta das 22h, disseram ter visto presos ateando fogo no local. A Seres, no entanto, nega a informação.

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