
A Comissão Especial da Reforma Política da Câmara dos Deputados promoveu
nesta segunda-feira (6), no Recife, audiência pública para discutir as
propostas de mudança nos sistemas eleitoral e partidário que estão sob
análise do grupo. O debate, com a participação de autoridades e
representantes da sociedade civil lotou o plenário e as galerias da
Assembleia Legislativa de Pernambuco, e foi presidido pelo deputado
federal Tadeu Alencar (PSB-PE), vice-presidente da Comissão Especial e
responsável pela organização do evento no Estado.
O relator do projeto da reforma política na comissão, deputado federal
Marcelo Castro (PMDB-PI) detalhou o trabalho realizado até o momento e
tirou dúvidas dos participantes. Agora, ele levará as questões debatidas
para Brasília. Segundo Castro, dos oito Estados brasileiros já
visitados pela Comissão Especial para discutir a reforma política,
Pernambuco foi o que realizou um encontro de maior riqueza no debate e
na participação popular.
Além de Tadeu Alencar e Marcelo Castro, participaram da mesa diretora da
audiência pública três ex-governadores do Estado – Jarbas Vasconcelos,
Roberto Magalhães e Gustavo Krause – e os presidentes da Assembleia
Legislativa, deputado Guilherme Uchoa, e do Tribunal Regional Eleitoral,
desembargador Fausto Campos.
De acordo com Tadeu Alencar, um dos principais objetivos da reforma
política é diminuir a interferência do poder econômico nas campanhas
eleitorais, garantindo uma maior participação dos cidadãos na disputa
por cargos eletivos. “Nesse momento de diversas crises – política,
econômica, ética – é importante lembrar que a reforma política é parte
da solução desses problemas”, comentou, ao abrir os debates.
O relator Marcelo Castro, por sua vez, ressaltou que a reforma política é
uma das grandes dívidas do Congresso Nacional com a sociedade
brasileira: “Nos anos 1950, Carlos Lacerda já criticava os gastos nas
campanhas eleitorais. Há 30 anos, Marco Maciel defendia que a reforma
política era a mãe das demais reformas. Portanto, esta é uma pauta
antiga e que não pode mais ser procrastinada pelo Congresso”, advertiu,
discorrendo, em seguida, sobre cada um dos pontos contidos na reforma.
Alguns desses pontos foram apresentados pelo relator como sendo de
aprovação consensual na Câmara dos Deputados. Entre eles, o mandato de
cinco anos para todos os cargos eletivos – inclusive para senadores –, o
fim da reeleição para presidente, governador e prefeito e o fim das
coligações proporcionais na disputa para o Legislativo. Outros temas,
porém, foram listados como mais polêmicos, e necessitam de uma maior
discussão. Dois delas foram destacados por Marcelo Castro: o sistema
eleitoral e o financiamento de campanha.
A respeito do sistema eleitoral, o relator citou o exemplo da Alemanha, que uniu o sistema proporcional com listas pré-ordenadas e o sistema distrital, criando um sistema misto. E afirmou que a adoção desse modelo no Brasil tem sido defendida por vários estudiosos. Ao falar sobre este mesmo tema, como convidado, o economista e consultor político Maurício Romão – estudioso de sistemas eleitorais – chamou a atenção para o fato de todos os modelos trazerem vantagens e desvantagens, e lembrou que o do Brasil já vigora há 70 anos, tem funcionado bem mas carece de modernizações.
A respeito do sistema eleitoral, o relator citou o exemplo da Alemanha, que uniu o sistema proporcional com listas pré-ordenadas e o sistema distrital, criando um sistema misto. E afirmou que a adoção desse modelo no Brasil tem sido defendida por vários estudiosos. Ao falar sobre este mesmo tema, como convidado, o economista e consultor político Maurício Romão – estudioso de sistemas eleitorais – chamou a atenção para o fato de todos os modelos trazerem vantagens e desvantagens, e lembrou que o do Brasil já vigora há 70 anos, tem funcionado bem mas carece de modernizações.
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