quinta-feira, 2 de julho de 2015

Após acordo, Banco do Brasil volta a realizar operações de câmbio nesta quinta-feira

Um dia depois de notificar e proibir o Banco do Brasil (BB) de realizar operações de câmbio em agências de todo o Estado, o Procon de Pernambuco anunciou a revogação da medida, nesta quarta-feira (1º). A decisão ocorreu após um acordo entre representantes da instituição e integrantes da Secretaria Estadual de Justiça e Direitos Humanos (SJDH).
A venda de dólares nas unidades do BB voltará a ocorrer nesta quinta (2), conforme informações divulgadas pelo Governo do Estado em entrevista coletiva. A proibição duraria 30 dias. O processo administrativo instaurado pelo Procon continua para a apuração dos fatos. No dia 14 de julho, haverá uma audiência de conciliação entre a instituição e o órgão regulador.
A liberação só ocorreu porque, segundo o Procon, o banco mostrou que tomou medidas para evitar a venda de novas notas falsas e provou que está dando apoio às vítimas, sobretudo à jovem Amanda Parris, que descobriu a fraude quando tentou depositar dólares em um banco dos Estados Unidos. As cédulas foram adquiridas na agência da avenida Rio Branco, e o dinheiro foi levado pelo pai, que está impossibilitado de voltar ao Brasil por conta de uma investigação do FBI.
De acordo com o Procon, o BB realizou contato com a estudante e firmou compromissos formais de reparação dos prejuízos e assistência material e jurídica. Além disso, garantiu atendimento aos consumidores que tiverem adquirido dólares falsos, o reembolso no valor referente à quantia, a notificação dos prejudicados para que procedam com a averiguação da referida moeda e a realização de contatos com os clientes a fim de que compareçam às agências. Quem adquiriu dólar pode procurar a instituição para verificar se há erro no número das notas.
Origem do erro
O BB esclareceu, por meio de nota, que nove clientes “adquiriram notas falsas em operações de câmbio manual” e que quatro casos suspeitos já foram descartados e seis seguem sob investigação. “Todos os clientes foram contatados e orientados sobre procedimentos a serem adotados”. O banco também afirmou que “a origem do problema foi a aquisição de US$ 24 mil, de terceiros, no dia 10 de setembro de 2014, em operações rotineiras de câmbio manual. Cédulas de US$ 100 eram falsas. Por falha na verificação da autenticidade dessas cédulas, os dólares ficaram em Tesouraria e foram comercializados entre os dias 8 e 19 de junho”.
Sobre o caso envolvendo João Neto Silva, pai da jovem Amanda Parris, a instituição reforçou que “tão logo foi informado sobre a retenção das cédulas por um banco norte americano, o Banco do Brasil providenciou imediato ressarcimento dos valores, e contratou advogado, nos EUA, para providenciar o devido apoio jurídico”, e que “a situação está esclarecida junto às autoridades americanas e a família já recebeu documentação que a isenta de qualquer responsabilidade”, não restando restrições aos clientes por parte das autoridades.
Outro trecho da nota afirma que, “além das apurações de falhas internas, o BB está prestando todas as informações necessárias à Polícia Federal e ao Banco Central” e que “95% das cédulas de dólares norte americanos adquiridas pelo BB são provenientes do Banco Central Norte Americano”. Por fim, o banco afirma que “está fazendo novamente procedimentos de certificação de autenticidade das cédulas já adquiridas de terceiros, em todas as tesourarias do País”, que “lamenta todos os transtornos provocados” e que, “ao reconhecer as falhas, reafirma seu compromisso com a ética e respeito aos consumidores”.

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