
Posso estar equivocado, mas a chegada da polêmica do aplicativo Uber à capital pernambucana tem potencial para embatucar o prefeito Geraldo Júlio, do PSB. Não se sabe se foi com este objetivo que a vereadora de Oposição Isabella de Roldão, do PDT, apresentou um projeto de lei para barrar a inovação, antes mesmo de sua implantação.
Mas é fato que o prefeito socialista recebeu apoio em peso da categoria dos taxistas, na sua campanha eleitoral, tendo até ido ao sindicato na Imbiribeira fazer palestra e fotos. Como se sabe, os profissionais do volante são contrários a inovação, temendo a ampliação da concorrência, como toda atividade que opera como oligopólio. Não se tem notícia ainda da orientação que será dada a bancada de oposição.
Na campanha, Geraldo Júlio foi apresentado aos cerca de 80 taxistas que estiveram presentes na sede do sindicato, no bairro da Imbiribeira, acompanhado pelo vereador do Recife Aerto Luna (PRB) e pelo deputado estadual Sílvio Costa Filho (PTB) – ambos apresentados como defensores das causas dos taxistas nas câmaras municipal e estadual. Veja aqui.
Com coragem, o governador do DF, Rodrigo Rollemberg, do mesmo partido do prefeito local, não aceitou a pressão corporativista e ao menos vetou a proibição da implantação.No Distrito Federal, governador do PSB veta proibição ao Uber
A vereadora promete realizar uma audiência ou reunião pública em até 15 dias.
Neste momento, o aplicativo internacional acaba de abrir vagas para três importantes cargos a serem ocupados no Recife. Na semana que passou, o Uber deu o primeiro passo para começar a funcionar na cidade. Embora a empresa negue que as possíveis contratações indiquem necessariamente planos para a oferta do serviço.
Oficialmente, a Prefeitura do Recife mantém o discurso de não discutir o assunto antes do início do funcionamento do aplicativo.
Os taxistas já avisaram que pretendem se articular com o Ministério Público. O Sindicato dos Taxistas de Pernambuco (Sindtaxi-PE) afirmou estar se articulando politicamente para evitar que o Uber chegue à cidade. “Vamos procurar todos os caminhos legais para não deixar que isso nos prejudique”, diss o presidente da entidade, Everaldo Menezes, ao JC.
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