quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Recife: Praças da RMR: no lugar de diversão, abandono

Imagem de bancos furados em praça em Olinda. Foto: Rafael Paranhos/NE10

Rafael ParanhosDo NE10
O que deveria ser um espaço destinado ao lazer e à diversão se tornou um cenário de abandono. Essa é a situação de praças públicas da Região Metropolitana do Recife (RMR). Quem transita por elas esbarra no estado atípico do que deveria ser um ambiente confortável, agradável e seguro como constatou o portal NE10 em praças localizadas no Recife, Olinda e Paulista, todas na RMR.

Na Praça da Madalena, internauta reclama da situação do local  (Foto: Heitor César)
Localizado numa das principais avenidas da Zona Oeste do Recife, a Praça da Madalena tem seu espaço tomado por  lixo, roupas dos moradores penduradas nas grades e pertences dos sem-teto nos bancos. A pintura dos brinquedos de concreto encontra-se desbotada e foi substituída por pichações. As árvores servem de abrigo para os animais.
Na Praça Marechal Soares D’Andréa, no bairro do Ipsep, na Zona Sul da capital, a situação de abandono é também visível. Os moradores, que deveriam se deparar com uma paisagem de entretenimento, encontram lixo, iluminação inadequada, abrigo de moradores de rua e um estado crônico de má conservação.
Uma senhora de 65 anos, que não quis se identificar, revelou a insatisfação com a segurança do local. Segundo ela, apesar de o posto policial estar fincado ao lado da praça, não há vigilante para fiscalizar as ocorrências. Os moradores de rua, que fazem da Marechal residência física, ocupam trecho da praça, o que, segundo ela, acabam 'espantando' os visitantes.
A Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb) informou que fez uma vistoria na praça do Ipsep e está programada uma reforma geral, porém faltam recursos financeiros. Em relação aos moradores de rua, a Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, da Prefeitura do Recife, informou que realiza o Serviço Especializado de Abordagem Social, que consiste na identificação de pessoas em situação de rua. A prefeitura vai solicitar o reforço da atuação das equipes no referido local.
Sobre a Praça da Madalena, a empresa de manutenção ressaltou que equipes fazem a limpeza do local "periodicamente". Informou também que haverá vistoria no local para identificar os principais problemas para futuras melhorias.

Quem vai à Expedicionária Brasileira vive com o abandono da praça (Foto: Rafael Paranhos/NE10)
OLINDA - Na cidade vizinha, os problemas persistem. A Praça Expedicionária Brasileira, localizada no bairro de Jardim Brasil I, também apresenta um estado febril de abandono. Quem visita o espaço encontra bancos de concretos quebrados, esgoto a céu aberto, entulho e brinquedos sem conservação.
“As pessoas usam e não colaboram. A prefeitura pintou e consertou todos os brinquedos no ano passado, mas o prefeito não manda limpar todos os dias. Infelizmente, quem usa não limpa e não contribui”, lamenta a balconista  Rosilene da Silva, que diariamente passa no local para ir ao trabalho.
A Prefeitura de Olinda comunicou das intervenções de limpeza e capinação realizadas "diversas vezes" no local este ano. De acordo com o executivo municipal, nesta semana, uma equipe técnica da Secretaria de Serviços Públicos irá visitar a praça para verificar as condições e tomar as providências necessárias.

A Prefeitura do Paulista reformou apenas metade da praça (Foto: Rafael Paranhos/NE10)
PAULISTA – Quem acreditou que a Praça Emílio Russel, em Maranguape I, em Paulista, iria ser completamente reformada, ficou a ver navios. Isso porque o órgão municipal deixou os ciclistas à espera da complementação da praça. Quando pensavam que a área de atividades esportivas fosse contemplada com a reforma, os praticantes de esportes radicais tiveram que enfrentar os incontáveis buracos das plataformas. Segundo o estudante Matheus Carvalho, 17 anos, a prefeitura realizou manutenção apenas em parte da praça - o espaço reservado ao vôlei e à área infantil.
Para manter a saúde em dia, os usuários desviam da trilha de buracos da sonhada pista de cooper e as grades que deveriam cercar a praça não estão mais lá. Um ônibus policial móvel monitora o local diariamente, porém a fiscalização é driblada pelos usuários de drogas.
A Prefeitura do Paulista respondeu, por meio de nota, que a reforma da Praça Emílio Russel segue dentro do cronograma previsto. A Secretaria de Segurança Cidadã comunica que, com o Programa Segurança Conectada instalado há duas semanas na praça, está coibindo o consumo de drogas na área.
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Praças abandonadas

Praça da Madalena, Zona Oeste do Recife
Crédito: Heitor César

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