Negócios que investem em TI lucram 26%, diz Sílvio Meira
Negócios que contam com ampla estrutura tecnológica lucram em média 26% a mais e têm faturamento 9% maior, em comparação com empresas que investem pouco em TI. Os dados são do fundador do Porto Digital, Sílvio Meira, referência no assunto, que deu palestra no Ciclo de Decisões de TI, promovido pela Câmara Americana de Comércio (Amcham) do Recife.
Os setores produtivos com maior arcabouço tecnológico são as empresas de alta tecnologia (como Microsoft, Google etc), seguidos do ramo de varejo e do bancário. Já as indústrias de manufatura e farmacêuticas estariam atrasadas nesse contexto, de acordo com Meira.
Para o especialista, investir em tecnologia atualmente não é um diferencial, mas uma necessidade se as empresas quiserem se manter no mercado. Isso se deve, sobretudo, à internet das coisas (tendência do mercado de conectar praticamente todos os itens usados no cotidiano à internet). “É preciso estar preparado para a internet das coisas antes que seja tarde demais. Em 30 anos ela vai revolucionar o mercado como conhecemos, com impactos trilionários na economia.”
Nesse sentido, o diretor de arquitetura de soluções enterprise da HP, Antônio Mariano, que também marcou presença no evento da Amcham, concorda em relação à necessidade de se adaptar às novas tendências do mercado. “Atualmente, há 1 dispositivo móvel para cada 3 pessoas. Em poucos anos, haverá 3 dispositivos para cada indivíduo. Isso acarretará em mudanças drásticas para as pessoas e as empresas.”
Meira prevê que novos produtos e soluções devem chegar cada vez em maior volume e com mais eficiência. Ele afirma que a lei de Moore – a qual afirma que a capacidade de processamento de PCs dobra a cada dois anos, mantendo o mesmo preço – tem se mantido real desde os anos 1970. De lá para cá, a capacidade de processamento aumentou em mais de 2 milhões de vezes. “E essa evolução deve continuar, pelo menos, nos próximos 40 anos”, analisa.

Meira no evento da Amcham. (Divulgação).
A velocidade das transformações tende a provocar cada vez mais reviravoltas no mercado. Meira cita como exemplo o aplicativo Uber, que ameaça extinguir a profissão de taxista nas próximas décadas, além de ter provocado uma redução do preço da licença de taxista em Nova York de US$ 1 milhão para US$ 690 mil. Daí vem, de acordo com o especialista, a necessidade de inovar não só a curto prazo (através de redução de custos, por exemplo), mas também a longo prazo, pensando em soluções diferenciadas para seus clientes e reinvenções do próprio negócio.
O CEO da Dell no Brasil, Luís Gonçalves, também palestrou no Ciclo de TI da Amcham Recife e ratificou a ideia de que a concorrência mercadológica deve ficar cada vez mais acirrada nos próximos anos devido à velocidade das evoluções tecnológicas. “A TI permite dar um salto quântico no desenvolvimento das empresas, além de possibilitar que pequenos negócios, em pouco tempo, se tornem concorrentes perigosos para companhias já estabelecidas no mercado.”
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