
Ilimar Franco – O Globo
As reformas da Previdência e trabalhista sempre encontraram resistências no PMDB. O partido precisa superar dificuldades políticas nesses temas. Isso não é de hoje. Vem do governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB), quando o presidente interino, Michel Temer, então deputado, foi relator da que tratava da Previdência. Por isso, os peemedebistas querem que essas reformas sejam votadas no primeiro semestre do ano que vem (2017). Submetidos ao pragmatismo eleitoral, querem ter tempo para recuperar suas imagens e diluir o desgaste com a aprovação das mudanças até o pleito em que vão disputar suas reeleições (2018).
-- Essas reformas são fundamentais para a estabilidade econômica do país. Tenho certeza que o PMDB não faltará a esse projeto. Além disso, a Câmara poderá fazer modificações e melhorias -- comenta o líder da legenda, Baleia Rossi.
O perfil da bancada atual indica que essas resistências serão menores e devem ficar limitadas aos que têm os sindicatos como sua base eleitoral. Seus dirigentes garantem que esta bancada é mais homogênea que as do passado. Acreditam que o fato de ser o partido do presidente Temer fará diferença na votação de temas polêmicos. E, que o PMDB não vai vacilar, permitindo que a aliança PSDB/DEM amplie seu espaço no governo.
-- O Temer tem dois anos de governo pela frente. Se sua gestão estiver empinada para cima, quando essas reformas forem votadas no Congresso, passam sem dificuldades -- resume o deputado Lúcio Vieira Lima (foto), irmão do ministro Geddel Vieira Lima, que fez a ligação do Planalto com a base aliada.
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