quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

Pernambuco tem pior disponibilidade hídrica do país e metade da água se perde antes de chegar a torneiras, diz TCE

Tribunal afirma que 50% da água encanada no estado se perde em vazamentos de tubulações e adutoras.




Uma auditoria especial realizada pelo Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE-PE) apontou que o estado tem o pior índice de disponibilidade hídrica do Brasil. O levantamento, divulgado nesta quarta-feira (19), foi feito para identificar os principais problemas que afetam o abastecimento de água no Agreste pernambucano. (Veja vídeo acima)

Além da escassez natural por falta de chuva, o tribunal afirma de 50% da água encanada que é servida pela Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) se perde em vazamentos de tubulações e adutoras.

A disponibilidade hídrica é o resultado da quantidade de água acumulada nos reservatórios, dividida pela quantidade de moradores. O resultado obtido em Pernambuco é de 1.270 metros cúbicos de água para cada habitante. Por ano, cada pernambucano recebe pouco mais de 100 mil litros de água, o menor índice do Brasil.

De acordo com o auditor João Robalinho, do TCE-PE, o governo de Pernambuco deveria ser mais eficiente em aproveitar as poucas reservas naturais que possui.

"O que falta é uma articulação para tratar a gestão da água como política no estado, em que possa haver integração entre os órgãos, uma eficiência e o bom uso da água, que é um recurso natural", explica Robalinho.

De acordo com o TCE, dos 107 reservatórios monitorados em Pernambuco, 66 estão em situação de colapso, com menos de 10% da capacidade total. Das 71 cidades do Agreste, 70 decretaram situação de emergência ou calamidade pública.

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