sexta-feira, 17 de maio de 2019

Corpo de diretor de escola é achado carbonizado em Arcoverde; dois suspeitos são presos

Perícia inicial aponta que Henry Pereira da Silva foi asfixiado com um saco plástico e golpeado com uma faca ou punhal na altura da nuca, antes de ter o corpo carbonizado


O corpo do professor e diretor da Escola Estadual Monsenhor José Kerhle, Henry Pereira da Silva, de 49 anos, foi encontrado carbonizado dentro da sua residência na madrugada dessa quarta-feira (15), em Arcoverde, no Sertão pernambucano. Menos de 24 horas após o crime, a Polícia Civil de Pernambuco prendeu André Vilela dos Anjos e Ayanne Santos de Freitas Bezerra, dois dos suspeitos de envolvimento no crime.

Segundo a polícia, André informou em interrogatório que mantinha um relacionamento amoroso com a vítima e estava na casa do professor antes da morte. A perícia inicial aponta que Henry foi asfixiado com um saco plástico e golpeado com uma faca ou punhal na altura da nuca, antes de ter o corpo carbonizado. Segundo a Delegacia de Arcoverde, a carbonização impediu que os peritos observassem preliminarmente as lesões provocadas pelo autor (ou autores) do assassinato.

De acordo com as investigações preliminares da polícia, André entrou na casa do professor para roubar alguns pertences, como um carro modelo Chevrolet Prisma - que foi encontrado queimado na zona rural da cidade horas depois -, e bolsas com objetos da vítima. Ayanne estaria agindo como olheira na frente da casa enquanto André e outros suspeitos estavam na residência.

Imagens de câmeras de segurança da área ajudaram os policiais a identificar alguns dos demais participantes do crime. A polícia então levantou a hipótese de que o incêndio que resultou na carbonização do corpo do professor Henry havia sido criminoso. Uma perícia foi realizada no local e coletou material genético. As investigações sobre a morte do professor seguem em andamento e novas provas técnicas devem ser anexadas. A Polícia Civil trabalha para localizar e prender os demais envolvidos no crime.

Repercussão da morte
Bastante querido pela população da cidade, o professor Henry era ator, diretor de teatro e atuante na cultura da região. Ele foi um dos fundadores da Estação Cultura de Arcoverde e liderou a primeira ocupação do espaço, há cerca de 20 anos.

Em nota, os colegas lamentaram o assassinato. "Todos os que fazem a Estação da Cultura estamos solícitos à dor de todos os amigos e familiares por essa tamanha perda", diz o texto. “Que aqueles que o fizeram possam pagar por isso. Descansa em paz, Henry. Siga com os encantados", acrescentou a nota da instituição.

A Secretaria de Cultura e Comunicação de Arcoverde, onde Henry chegou a trabalhar como funcionário comissionado, reiterou a consternação pelo homicídio do professor. “Viemos manifestar nossa revolta com um crime tão bárbaro e externar nosso profundo respeito aos familiares e amigos. Que todos possam encontrar conforto no legado deixado por ele, uma pessoa com a história escrita nas lutas pelas políticas públicas culturais do nosso município, da região e do Estado. Neste momento de dor, clamamos por justiça! Arcoverde está de luto!”, afirmou a pasta.

Velório e sepultamento
O corpo do professor foi reconhecido por familiares e encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) do Recife. O velório ocorreu na Escola Monsenhor José Kerhle, onde Henry trabalhava há pouco mais de um ano, durante a manhã desta quinta-feira (16). O sepultamento aconteceu por volta das 11h, no cemitério São Miguel, localizado no bairro homônimo, em Arcoverde. Fonte: FolhaPE


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