quarta-feira, 2 de outubro de 2019

Estado de Pernambuco é contemplado no AgroNordeste

Governo lançou ontem o programa para desenvolvimento econômico e social de pequenos e médios produtores



Plano para desenvolvimento econômico do Nordeste, o AgroNordeste será voltado para pequenos e médios produtores rurais que já comercializam parte da produção, mas ainda encontram dificuldades para expandir o negócio e gerar mais renda e emprego na região onde vivem.

Lançado, nesta terça-feira (1º), pelo Ministério da Agricultura (Mapa), com a presença do presidente Jair Bolsonaro, o projeto vai começar o desenvolvimento, ainda este ano, em 12 territórios do Nordeste, sendo dois desses em Pernambuco: Araripina, no Sertão, e a região do Moxotó. A meta do programa é incrementar a renda dos produtores entre 20% e 50% no médio prazo.

De acordo com o Mapa, em Araripina, o foco do desenvolvimento será nos setores de apicultura, mandioca e ovinocaprinocultura. E para a região do Moxotó, o setor será ovinocaprinocultura. Nesta última, o diagnóstico dos técnicos do ministério apontou para dificuldade de acesso a crédito (em razão da falta de titulação da terra, Cadastro Ambiental Rural e Declaração de Aptidão ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), déficit de assistência técnica, dependência de programas governamentais e dificuldades na comercialização (em decorrência da ausência de regularidade, qualidade e certificação dos produtos).

Para o Moxotó, os técnicos também identificaram que o leite de cabra é o principal produto comercializado, enquanto o queijo de cabra, que tem maior valor agregado (gera mais renda), representa em torno de 5% das vendas. Com esse levantamento, Moxotó vai receber projetos prioritários de qualificação de um curtume, instalação de um frigorífico e regularização das cooperativas locais de produção de leite de cabra.

Segundo o presidente da Federação da Agricultura do Estado de Pernambuco (Faepe), Pio Guerra, esse é um projeto que o Governo Federal manifestou a discussão de um plano para o Semi-Árido nordestino. “O Mapa e a Embrapa selecionaram esses territórios e a CNA [Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária] e a Faepe ainda não receberam os detalhamentos do plano. Vamos esperar essas informações para analisar os setores que serão contemplados e saber como será esse trabalho de desenvolvimento”, disse Guerra.

Ao todo, o programa será implantado, entre 2019 e 2020, em 230 municípios dos nove estados do Nordeste, além de Minas Gerais, divididos em 12 territórios, com uma população rural de 1,7 milhão de pessoas. A expectativa do Mapa é que, até 2021, o programa chegue a 30 territórios.

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