quarta-feira, 9 de outubro de 2019

Henry assume espaço na tesouraria do MDB nacional

Indicação tem peso significativo e é simbólica do ponto de vista da mudança de bandeiras do partido



Até o último domingo, o presidente do MDB de Pernambuco, deputado federal Raul Henry, ocupava só uma suplência na Executiva Nacional do partido. Costumava participar das reuniões e votar, na condição de haver faltosos, o que não é raro de acontecer. No entanto, com a eleição em convenção nacional da nova direção da sigla, que passa a ser presidida pelo deputado federal Baleia Rossi (SP), Henry passou a ocupar uma cadeira na Executiva: a de tesoureiro adjunto. O tesoureiro é Marcelo Castro (PI). Ao senador Fernando Bezerra Coelho, que, em Pernambuco, já tinha passado a ocupar uma vaga na Executiva estadual depois que a briga pelo comando da legenda no Estado fora pacificada, coube a função de Vogal. Detalhe: Baleia Rossi foi o relator do pedido de dissolução do partido em Pernambuco e arbitrou o embate que, outrora, colocara em trincheiras opostas FBC e Henry. Quando Fernando se filiou, o partido, nacionalmente, estava sob o comando do ex-senador Romero Jucá e o ingresso se deu sob promessa de que ele presidiria a sigla em Pernambuco. De lá para cá, Jucá sofreu desgaste e a questão interna no MDB-PE acabou apaziguada. Pernambuco, agora, tem dois votos na Executiva Nacional e Henry poderá exercer um papel na gestão de recursos do partido, o que representa um peso significativo. A indicação dele, entretanto, seria ainda simbólica diante da perspectiva de renovação da imagem da legenda, baseada no reforço do conceito de transparência e do esforço para mudar as bandeiras partidárias, saindo do perfil de "partido da governabilidade", como o próprio Baleia Rossi defendera.


Maia chama FBC
Após a reunião de líderes ontem, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, chamou o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra, para um papo sobre revisar a regra para distribuição dos recursos do pré-sal referente aos Estados. Caso haja acordo e os líderes do Senado assinem embaixo, Maia pediria urgência para um projeto que compensasse estados do Sul e Sudeste, que andam chiando.
Sem acordo... > A ideia, ainda não consolidada mas em gestação, prevê que, pelo critério do FPE, sejam divididos 10% para estados e não mais 15%. Os outros 5% seria repartido num critério capaz de reduzir a diferença entre N/NE e S/SE. Mas há de haver acordo para não render ruído. Por isso, senadores precisam validar.
...não...> Ontem, o VII Fórum Nacional de Governadores ratificou a posição de defender a regra de distribuição dos recursos da cessão onerosa conforme aprovado no Senado. Paulo Câmara reforça essa tese: “Precisamos ratificar o que já foi dito”. Lembra que o único recurso de grande volume que resta para este ano.
...vai > Deputados, no entanto, lembram que "o ideal é inimigo do bom" e não adianta fazer algo muito bom para o NE que não passe.
Meio de campo > Em meio ao debate da cessão onerosa que opõe as regiões, o Fórum de Governadores criou, ontem, uma comissão de Segurança Pública. Para equilibrar os extremos, botaram Flávio Dino e Wilson Witzel.
Monitoria > Os gestores decidiram que era preciso uma comissão para acompanhar de perto as discussões com o Governo Federal em torno de Segurança e do financiamento das ações.
Carta Magna > Único deputado estadual que participou da Constituição estadual de 1989 com mandato, Manoel Ferreira destacou os avanços da Carta Magna. Lembrou que ela refletiu as reivindicações da sociedade, construída após um amplo processo de consulta às entidades de classe. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.