quinta-feira, 20 de maio de 2021

Polícia Federal investiga suspeita de fraude de R$ 7,9 milhões em licitações de recursos do SUS em Timbaúba


Mandados são cumpridos nesta quinta-feira em Timbaúba e no Recife - Foto: Divulgação/Polícia Federal

A Polícia Federal (PF) desencadeou, nesta quinta-feira (20), a segunda parte da operação para investigar a suspeita de desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro em contratos de saúde firmados entre 2013 e 2016 pela Prefeitura de Timbaúba, na Zona da Mata Norte de Pernambuco.

Segundo a PF, a organização criminosa fraudou processos licitatórios realizados pela prefeitura para aquisição de medicamentos e materiais odontológicos e hospitalares com recursos destinados ao Sistema Único de Saúde (SUS).

O prejuízo aos cofres públicos já apurado é de R$ 7.916.744.

A Operação Desmame II cumpre, nesta quinta-feira, dois mandados de busca e apreensão em Timbaúba e outros dois no Recife. As ordens judiciais foram expedidas pela 25ª Vara Federal da Subseção Judiciária de Goiana, também na Mata Norte.

De acordo com a PF, de sete licitações realizadas para a aquisição dos insumos médicos, seis foram vencidas pela mesma empresa, que teria apresentado proposta com preços até 50% inferiores aos preços de referência contidos nos editais de publicação dos certames e considerados impraticáveis no mercado do ramo.
"Ademais, através da análise dos processos licitatórios correspondentes, foram identificados vários indícios de direcionamento e de fraude ao caráter competitivo das licitações analisadas", informou a PF, por meio de nota.
A polícia informou ainda que o aprofundamento das investigações mostrou diversos vínculos entre a empresa contratada de forma fraudulenta e políticos de Timbaúba, cujos nomes não foram revelados.

Há indícios, segundo a PF, da existência de movimentações financeiras milionárias entre empresas do grupo econômico de um dos políticos envolvidos e a distribuidora de medicamentos contratada pela Prefeitura de Timbaúba.

A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Timbaúba para repercutir a operação, mas não obteve retorno.

Primeira fase e crimes

Em 3 de fevereiro deste ano, a PF deflagrou a primeira fase da operação. Segundo a corporação, foi possível robustecer os elementos de prova, fortalecendo os indícios de utilização de pessoas interpostas (popularmente conhecidas como “laranjas”) para fins de ocultação das vantagens ilícitas obtidas pela organização criminosa, em prejuízo aos recursos públicos destinados à saúde dos cidadãos de Timbaúba.

Os envolvidos no esquema criminoso irão responder pelos crimes de fraude à licitação, falsidade ideológica, peculato, lavagem de capitais e organização criminosa, a depender do grau de participação nos fatos apurados.

Da redação do Blog Vertentes Notícias
Com informações da Folha PE

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