sexta-feira, 1 de abril de 2022

Alexandre Pires, coordenador da Articulação do Semiárido e da ONG Sabiá, visita a Agrestina e Orobó


Na pauta do coordenador está a denúncia de que o Governo Federal vem desmontando o programa Cisternas: foram 111 mil e 106 mil cisternas construídas em 2013 e 2014, respectivamente, o recorde do programa; desde Temer e agora com Bolsonaro o programa diminuiu, chegando ao número pífio de menos de 3 mil em 2021

A ONG Sabiá acumula quase 30 anos de ações nas várias regiões do estado de Pernambuco. De olho nessa perspectiva de refletir o passado e planejar o futuro, o coordenador da ONG, o biólogo Alexandre Pires, vem visitando uma série de municípios pelo agreste e nos últimos dias de março chega a Agrestina e Orobó Riacho das Almas, Cumaru, Agrestina e Orobó, últimos municípios da série de visitas que o biólogo vem fazendo desde janeiro para debater com a população agroecologia e também como o governo federal vem desarticulando o programa cisternas.

Além do Centro Sabiá, o biólogo também coordena a Articulação no Semiárido Pernambucano (ASA/PE), rede que desenvolveu o programa de cisternas adotado pelo Governo Federal, ação que infelizmente vem sendo desmontada desde o governo Temer: após o recorde de 111 mil e 106 mil cisternas em 2013 e 2014, respectivamente, ano após ano a construção dessas tecnologias no semiárido vem caindo, até atingir o número pífio de menos de 3 mil em 2021.
“Lamentavelmente temos vivido um apagão das políticas públicas para as populações rurais. Ainda há uma demanda de 350 mil cisternas para atender agricultores, quilombolas e indígenas, principalmente. Em Pernambuco são 38 mil famílias que ainda não têm as tecnologias., informa Alexandre.
AJUDE A CONSTRUIR UMA CISTERNA

A campanha "Tenho Sede" é uma alternativa da Articulação do Semiárido Brasileiro para seguir construindo cisternas pelo semiárido brasileiro. Se você puder ajudar com qualquer quantia acesse o site tenhosede.org.br e participe.

Clipe da campanha: https://youtu.be/pYWGLsT9cPI

AGRESTE NA HISTÓRIA DA ONG

O Agreste guarda uma relação especial com a organização: foi em Bom Jardim que realizaram-se os primeiros projetos ligados à agroecologia e convivência com o semiárido, principais bandeiras da instituição. Hoje a ONG tem ações em vários municípios da região: em Agrestina foram 72 cisternas articuladas e 30 famílias receberam assistência técnica e a extensão rural com foco em agroecologia; ainda houve implantação de juventude multiplicadora de agroecologia e fomento da Feira Agroecológica. Por fim 25 famílias receberam assistência técnica rural dentro do Projeto Dom Hélder Câmara.

Já em Orobó foram 321 cisternas articuladas entre os modelos primeira água e cisternas calçadão, mais 80 famílias com assistência técnica rural dentro do Projeto Dom Hélder Câmara. Durante a pandemia foram distribuídas 154 cestas agroecológicas e há no município ação dos jovens multiplicadores em agroecologia e feira agroecológica. Atualmente 19 famílias estão no projeto Reuso de Águas Cinza/ Sistema Agroflorestal (RAC/SAF), onde as águas das pias, banho e tanque de roupas são filtradas e armazenadas em cisternas especiais para irrigação de plantas frutíferas e forragem para os animais; enquanto outras 30 famílias chefiadas por mulheres recebem assistência técnica rural e fomento ao comércio de produtos da agricultura familiar.
“É muito importante o trabalho das comunidades na produção de alimento e a oferta desses alimentos nas feiras da agricultura familiar nos territórios. Acreditamos que estimular a produção e consumo de alimentos locais é investir na geração de trabalho e renda e na melhoria da economia dos municípios. Precisamos que as prefeituras invistam também nessas iniciativas", destaca o coordenador.

Da redação do Blog Vertentes Notícias

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