quinta-feira, 18 de julho de 2024

Recife e Olinda estão entre as dez cidades com maiores taxas de roubo de celular no Brasil, aponta pesquisa

O mesmo levantamento revelou que nos 12 meses de 2023, Pernambuco contabilizou 28.287 casos de roubos de celular (Foto: Trancy e Blanc/Pexels)

As cidades de Olinda e Recife estão entre os dez municípios com maiores taxas de roubo de celular no Brasil. É o que aponta a estatística do 18º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado nesta quinta-feira (18), pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em que revela que a capital pernambucana e a cidade patrimônio histórico estão entre as mais ranqueadas desse tipo de crime. O levantamento leva em consideração as estatísticas do acumulado dos 12 meses de 2023.

Segundo o Anuário, Olinda ocupou a oitavo colocação e Recife, a décima.

De acordo com o levantamento, Olinda contabilizou 1.423,8 roubos por 100 mil habitantes, enquanto Recife somou 1.292,7 roubos de aparelhos por 100 mil habitantes.

Pernambuco

O mesmo levantamento revelou que nos 12 meses de 2023, Pernambuco contabilizou 28.287 casos de roubos de celular. No comparativo com o mesmo período do ano anterior, houve uma redução de 0,1%, já que em 2022 o estado somou 28.308 ocorrências.

Já em relação a furtos, Pernambuco contabilizou em 2023 um total de 24.063 casos, o que significa um aumento de 43,5% em comparação com o mesmo período do ano anterior: em 2022 foram contabilizadas 16.768 ocorrências.

Saiba a diferença de furto e roubo

O roubo é tipo de crime quando é subtraído um bem material com emprego de violência ou ameaça. A pena para este crime varia de quatro a 10 anos de prisão.

Já o furto é a subtração de um pertence sem violência. No caso, a pena é melhor, variando de 1 a 4 anos de prisão.

Celular seguro

O governo federal lançou, em dezembro de 2023, o aplicativo Celular Seguro, que permite o bloqueio do aparelho em caso de roubo ou furto. Um aplicativo será disponibilizado nas plataformas, pelo qual o usuário consegue fazer com que o telefone fique inutilizado.

O aplicativo poderá ser acessado assim que o usuário tiver um novo celular. Outra possibilidade é cadastrar uma pessoa de confiança no programa e permitir que ela possa bloquear, por conta própria, o aparelho da pessoa que foi furtada ou roubada.

O objetivo do Celular Seguro é inutilizar rapidamente e impedir que o ladrão tenha acesso aos dados da pessoa furtada ou roubada. O acordo para a atuação do aplicativo foi firmado com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) por meio do fornecimento do código IMEI (número único de identificação do aparelho).

O passo a passo para o funcionamento do Celular Seguro é dos mais simples. Primeiramente, basta instalar o aplicativo, que estará disponível nas plataformas Google Play ou App Store. Em seguida, é preciso fazer o login utilizando a conta gov.br por meio do CPF e da senha (quem não tiver uma, pode fazer minutos antes de se cadastrar no Celular Seguro).

Na página inicial, o responsável por realizar o cadastro pode indicar uma pessoa de confiança, registrar um número de telefone ou fazer uma ocorrência em caso de roubo ou furto.

Boa parte dos celulares furtados ou roubados vai para as mãos de quadrilhas de estelionatários, que usam os dados do dono do aparelho para aplicar golpes, e para as facções que atuam dentro dos presídios brasileiros.

Anuário

No Brasil, quase dois celulares são roubados ou furtados por minuto. Quase um milhão de ocorrências foram registradas em delegacias de todo o país em 2023.

Os dados mostram que, pela primeira vez, o número de furtos, ou seja, a subtração dos aparelhos sem o uso da violência, superou o de roubos de aparelhos, com 494.295 contra 442.999 casos, respectivamente, ao longo de 2023. No total, foram 937.294 ocorrências nas delegacias brasileiras.

Apesar de serem altos, em relação a 2022, os números de roubos e furtos de celulares, em termos globais, apresentaram redução de 4,7%. Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o número de ocorrências mostra a centralidade que tais aparelhos ocupam na nova dinâmica dos crimes patrimoniais. Os celulares se consolidam como porta de entrada frequente para outras modalidades delituosas em ascensão, como estelionatos e golpes virtuais.

A marca mais visada pelos criminosos foi a Samsung, com 37,4% dos casos, seguida pela Apple, com 25%, e pela Motorola, com 23,1%. Embora respondam por apenas 10% do mercado nacional, os iPhones representam uma em cada quatro subtrações de aparelhos. O Fórum ressalta que quando se atenta a proporções, é possível dizer que os usuários da Apple correm mais riscos na comparação com aqueles que utilizam telefones de outras marcas.

Segundo a publicação, em 78% das ocorrências, os criminosos optaram por vias públicas. Os casos são mais frequentes em dias de semana, em especial entre segundas e sextas-feiras, com prevalência entre 5h e 7h da manhã e o período entre 18h e 22h – horários em que, geralmente, a população está em deslocamento nas grandes metrópoles, indo ao trabalho ou voltando para casa.

Da redação do Blog Vertentes Notícias
Com informações do Diário de Pernambuco

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