quarta-feira, 5 de novembro de 2025

Pai viaja mais de 3 mil km para matar filho autista de 11 anos para “se livrar” de pagar a pensão alimentícia, diz polícia

Após matar o filho, colocou o corpo em um saco plástico e o enterrou em um terreno baldio.

A Polícia Civil da Paraíba revelou detalhes de um crime que deixou até os investigadores surpresos pela brutalidade. Davi Piazza Pinto, pai do menino Arthur Davi, de 11 anos, uma criança autista e com deficiência visual, confessou ter matado o próprio filho asfixiado. O motivo, segundo ele, seria não precisar mais pagar a pensão alimentícia de R$ 1.800,00.

De acordo com o delegado Bruno Germano, responsável pelo caso, o homem saiu de Florianópolis, em Santa Catarina e viajou até João Pessoa na Paraíba apenas para executar o plano. Após matar o filho, colocou o corpo em um saco plástico e o enterrou em um terreno baldio, no bairro Colinas do Sul. O crime foi confirmado no laudo pericial divulgado nesta terça-feira (4 de novembro), que apontou a asfixia como causa da morte.

Durante o depoimento prestado à Polícia Civil de Santa Catarina, o assassino afirmou estar endividado e disse ter tomado a decisão “para se livrar da dívida”. Os investigadores classificaram a motivação como fútil e extremamente cruel.

O homem mantinha pouco contato com o filho e havia procurado a mãe da criança recentemente, alegando querer restabelecer o vínculo paterno. A mãe, Aline Lorena, contou que acreditou na boa intenção do ex-companheiro e preparou tudo para o encontro entre pai e filho.

Segundo ela, o menino tinha uma rotina específica por conta do autismo e da deficiência visual. Aline disse ter deixado o filho alimentado, com roupas e itens pessoais organizados, além de orientar o pai sobre como cuidar da criança. “Ele dizia que queria conviver mais com o filho. Jamais imaginei que seria capaz disso”, relatou à imprensa durante o sepultamento, realizado no Cemitério do Cristo Redentor, em João Pessoa.

As investigações seguem em andamento. A Polícia Civil apura se o suspeito usou um carro de aplicativo para transportar o corpo até o local onde foi enterrado. O caso deve ser encaminhado à Justiça da Paraíba nos próximos dias, e o pai permanece preso preventivamente. 

O assassinato do pequeno Arthur Davi expõe um dos crimes mais chocantes do ano, marcado pela frieza de um pai que transformou o reencontro com o filho em um ato de covardia e desumanidade.

Da redação do Blog Vertentes Notícias
Com informações do Blog Estação Notícias

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