quinta-feira, 16 de abril de 2015

Paulo Câmara pede união entre governo, prefeitos e deputados para enfrentar crise e desemprego

Governadores do Nordeste se encontraram em Brasília. Foto: Humberto Pradera/Divulgação.
Em busca de saídas para reverter a redução dos investimentos em Pernambuco, o governador Paulo Câmara (PSB) participou desta quarta-feira (15) de uma reunião, em Brasília, com os governadores do Nordeste e os parlamentares da bancada nordestina para discutir temas comuns à região, como a alta no desemprego e o projeto de reajuste fiscal.

Preocupado com a desmobilização na região Nordeste, onde 62 mil trabalhadores já foram dispensados, Câmara pediu celeridade na análise da questão.
“O mais importante para enfrentar o desemprego é a garantia do investimento. Sabemos que o Brasil está em recessão, a inflação voltou, então não podemos desacelerar os investimentos. O Estado junto com os municípios só podem garantir os empregos a partir da manutenção de obras. É na garantia que as obras em andamento não vão parar. Para que os estados tenham condições, a partir de financiamento, de continuar fazendo investimentos”, defendeu o governador.
Outro ponto discutido durante a reunião foi o corte de operações de crédito, feito pelo governo federal, por conta do ajuste fiscal, . Com isso, o governador Paulo Câmara fica impedido de contar com financiamentos externos.
“É fundamental, num momento como esse, que os estados tenham a oportunidade de continuar investindo. Investindo em linhas de crédito que já existem. Linhas de organismos internacionais, como o Banco Mundial, o Banco Interamericano de Desenvolvimento, entre outros. Essa é uma agenda que precisa ser tratada: a agenda de investimentos”, defendeu o governador de Pernambuco.
Apesar das conversas entre as bancadas do Congresso e os governadores, o sentimento é de que não na prática não saíram encaminhamentos do encontro. Em reserva, um socialista comentou que o formato do encontro não permita que fossem negociados desdobramentos para temas como o ajuste fiscal. “A sensação é de que a reunião foi convocada para dar um retorno para a presidente Dilma”, comentou. Dilma condicionou o repasse de novos recursos à aprovação do projeto de reajuste fiscal.

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