segunda-feira, 13 de abril de 2015

Sport desaba no segundo tempo e perde a vaga na final para o Bahia

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Depois de um primeiro tempo quase perfeito, o Sport desmantelou-se defensivamente na etapa final e em 19 minutos viu a boa vantagem construída escorrer entre os dedos. O Bahia virou para 3×2 e garantiu sua vaga na final da Copa do Nordeste contra o Ceará. Os dois times se enfrentam nos dias 22 e 29 deste mês. O time da Ilha volta a campo na próxima quinta-feira (16), diante do Cene, no Recife, pela Copa do Brasil. No Estadual, os rubro-negros disputam as semifinais com o Salgueiro, com o primeiro jogo marcado para o dia 19.
No papel, o Bahia seria muito ofensivo e o Sport bastante precavido. Mas isso não se materializou na prática da forma que muita gente imaginava. O time baiano realmente teve mais posse de bola mas sem um meia para organizar o jogo ficou refém de Souza, cujo forte são os lançamentos longos. Os rubro-negros, com um trio de volantes, espanava a bola sem conseguir engrenar o contra-ataque. Resultado? A bola viva, batendo de um lado e de outro quase como se houvesse dois muros em cada lado.
Com pouca criatividade, uma das saídas seria a bola parada. E o Sport soube aproveitar a primeira oportunidade que teve. Aos 22 minutos, Renê bateu falta na área e Diego Souza subiu mais que todo mundo para mandar no canto direito de Douglas. O gol não mudou o panorama do jogo. Muita bola longa dos dois lados. Mas, agora, favorecia o time que estava ganhando. O que piorou para o Bahia foi a cabeça de alguns jogadores. Leo Gamalho e Souza, visivelmente irritados, não conseguiam. O Sport teve uma grande chance de ampliar aos 29, num contra-ataque puxado por Diego Souza. Ele serviu Élber, que, livre, chutou em cima do goleiro.
O início de segundo tempo teve em seus primeiros 19 minutos a eletricidade que não se viu em toda primeira etapa. Logo aos sete minutos, Souza teve liberdade para dominar e chutar de longe. A bola quicou na frente de Magrão, que falhou ao não se antecipar: 1×1. A virada veio rápido num pênalti cometido por Matheus Ferraz em Kieza. O mesmo Souza foi para a cobrança e mandou no canto direito. Isso aos 11. Aos 15 o Sport teve uma falta pelo lado direito e Renê mandou para a área. A bola era toda de Douglas, mas ela passou entre suas mãos e entrou: 2×2. Aos 19, o Bahia aproveitou a marcação desestruturada do Sport para ficar à frente novamente. Bruno Paulista cruzou e Magrão defendeu parcialmente. Souza e Bianchucchi apareceram contra apenas um jogador leonino e Souza empurrou para as redes.
Completamente desmantelado para defender e atacar, o Sport ficou completamente perdido em campo. Não podia ir para cima de todo jeito porque estava sem cobertura lá atrás. E a jogada forte pelo lado direito com Élber já era. Enquanto isso, o Bahia não abria mão de ser ofensivo, tanto que Leo Gamalho saiu de campo aos 37 minutos e Sérgio Soares pôs Zé Roberto em seu lugar.
O melhor
Souza foi a válvula de escape do Bahia no primeiro tempo mas abusou das bolas longas. No segundo tempo acertou de longe, de bola parada e ainda encontrou liberdade para aparecer como centroavante. Foi o herói do time baiano.
O pior
O técnico Eduardo Baptista armou um sistema de marcação impecável no primeiro tempo. Na volta para o segundo desestruturou ao trocar Neto Moura por Danilo. Ficou em desvantagem cedo e teve que colocar mais um atacante. Mas tirou o mais participativo, Élber. Como consequência disso precisou tirar mais um volante, Mancha, para acionar um meia, Régis. Um erro saiu levando ao outro, que deixou o time exposto ao ponto de Souza, um volante, marcar o terceiro gol dentro da área como se fosse centroavante.
Em branco
Com a derrota, o Sport mantém o tabu de não conseguir vencer o Bahia na Copa do Nordeste. Na semifinal de 1994 o jogo terminou empatado e o Leão se classificou nos pênaltis.
Garotada tranquila
Com menos tempo de profissionais do que Renê, os volantes Neto Moura e Ronaldo foram a imagem da tranquilidade do time do Sport. Seguros na marcação, não deram espaço para o meio de campo baiano no primeiro tempo. Prova disso é que a saída de Neto foi o início da queda leonina.
Ficha do jogo:
Bahia: Douglas Pires; Tony, Titi, Thales e Patric (Bruno Paulista); Pittoni, Souza e Willians Santana; Biancucchi, Leo Gamalho e Kieza. Técnico: Sérgio Soares.
Sport: Magrão; Vitor, Matheus Ferraz, Durval e Renê; Ronaldo, Mancha (Régis), Neto Moura (Danilo), Diego Souza e Élber (Felipe Azevedo); Samuel. Técnico: Eduardo Baptista.
Local: Fonte Nova, em Salvador. Árbitro: Pablo Pinheiro (RN). Assistentes: Flávio Barroca e Vinícius Lima (ambos do RN). Gols: Diego Souza, aos 22 do primeiro tempo. Souza, aos sete e 11 e 19 do segundo tempo; Renê, aos 15 do segundo tempo. Cartões amarelos: Diego Souza, Matheus Ferraz, Pittoni, Titi e Souza. Expulsão: Bruno Paulista.

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