quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

GENRO DE MINISTRO DO TCU É LEVADO PARA DEPOR NA OPERAÇÃO VÓRTEX


EMPRESÁRIO RODRIGO LEICHT CARNEIRO LEÃO É CASADO COM A FILHA DO MINISTRO JOSÉ MÚCIO E SÓCIO DA EMPRESA LIDERMAC CONSTRUÇÕES (FOTO: DIVULGAÇÃO/PF)

O genro do ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) José Múcio, Rodrigo Leicht Carneiro Leão, foi levado nesta terça-feira, 31, para depor coercitivamente na Operação Vórtex, um desmembramento da Operação Turbulência. A Polícia Federal e o Ministério Público Federal investigam uma organização criminosa suspeita de lavagem de dinheiro. A suspeita é que ela pode ter financiado a campanha de Eduardo Campos, morto em 2014.
A Operação Vórtex foi deflagrada na manhã desta terça para investigar mais uma empresa que estaria envolvida na compra do avião que se acidentou com o então candidato a presidente pelo PSB.
Em investigação, foram analisadas as contas bancárias das pessoas físicas e jurídicas utilizadas para a compra do avião Cessna Citation prefixo PR-AFA. Os valores transferidos por uma das empresas investigadas na Operação Turbulência haviam sido repassados dois dias antes por uma terceira empresa, que ainda não havia sido alvo da investigação original.
Rodrigo Carneiro é um dos sócios da empresa Lidermac Construções, que possui contratos com o governo de Pernambuco e com vários municípios no Estado, e casado com a filha do ministro do TCU. Além dele, a operação cumpre outros três mandados de condução coercitiva contra os outros três sócios da Lidermac.
A investigação ocorre em primeira instância e não há nenhuma acusação contra José Múcio, que possui prerrogativa de foro e só pode ser investigado, eventualmente, por instâncias superiores.
Deflagrada em junho de 2016, a Operação Turbulência identificou uma rede de empresas de fachada, inclusive as envolvidas na compra do avião de Campos, que teriam sido usada para lavar cerca de R$ 600 milhões. A investigação começou a partir da dificuldade em identificar o dono da aeronave após o acidente e agora avança sobre uma nova empresa que, segundo a PF, possui contratos milionários com o governo de Pernambuco e teria movimentado dinheiro no esquema.

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