quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

Aprovado requerimento de Danilo Cabral para convocação de ministro da Educação


O ministro da Educação, Abraham Weintraub, foi convocado pela Comissão de Educação da Câmara Federal para prestar esclarecimentos sobre suas declarações relacionadas às universidades federais. O requerimento apresentado pelo deputado Danilo Cabral (PSB) e outros parlamentares de vários partidos e foi aprovado, durante a reunião  (4), por 24 votos favoráveis, dos 32 presentes.

Os deputados pretendem questionar o ministro sobre a existência, segundo ele, de “plantações extensivas de maconha” em algumas universidades federais, que seriam grandes a ponto de ter borrifadores de agrotóxico. Weintraub chegou a dizer ainda que há laboratórios de química que estão “desenvolvendo laboratórios de droga sintética, de metanfetaminas”, porque a polícia não pode entrar nos campus.

“Ao invés de tomar conta da pauta estratégica da educação, o ministro insiste em fazer um debate periférico, ideológico, que não responde aos desafios do Brasil na área da educação”, criticou Danilo Cabral. O deputado cita, por exemplo, o desempenho brasileiro no Pisa (Programa Internacional de Avaliação dos Estudantes), que mostra que o país segue estagnado em nível bem abaixo da média da OCDE.  Os dados revelam que 68% dos estudantes não souberam o básico de matemática; 50,1% apresentaram baixo desempenho em leitura e 55,3%, baixo desempenho em ciência.           

Danilo Cabral ressalta que ainda, mesmo em dezembro, não se sabe qual o orçamento que será executado pelo Ministério da Educação em 2019. “O ministro disse que havia descontingenciado todos os recursos da Educação e vimos, depois, que isso não era bem verdade. Há bloqueio em verbas da área de pesquisa, por exemplo”, afirmou o deputado. Ele apresentou um pedido de informação ao MEC sobre a execução orçamentária deste ano.

De acordo com informações publicadas pelo UOL, para a liberação de R$ 1,1 bilhão para as universidades federais, foram bloqueados R$ 480 milhões do Fies e R$ 230 milhões do ensino médio em tempo integral. A Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) sofreu um congelamento de R$ 120 milhões.

“É outro assunto que precisamos de esclarecimentos. O ministro deve respeito ao cidadão brasileiro, especialmente aqueles que fazem a comunidade da educação, para além das declarações estapafúrdias. Precisamos saber qual o plano estratégico do MEC para o desenvolvimento da educação pública do Brasil”, concluiu Danilo Cabral.

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