quarta-feira, 1 de abril de 2020

Campanha busca arrecadar fundos para confecção de protetores faciais

Seis dentistas estão produzindo as máscaras pra médicos e enfermeiros usarem nos cuidados dos infectados pelo novo coronavírus



O neonatologista José Henrique Moura, do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), criou uma campanha online para arrecadar fundos com o objetivo de confeccionar e doar protetores faciais 3D, aumentando a proteção dos profissionais de saúde na linha de frente no combate ao novo coronavírus. Seis dentistas pernambucanos ficarão responsáveis pela produção do material. Quem quiser fazer uma doação pode clicar aqui.

De acordo com os responsáveis pela campanha, o grupo possui duas impressoras 3, tendo como meta a confecção de mil máscaras para os próximos 28 dias. O dinheiro conseguido via ‘vaquinha’ será usado para a compra de filamentos 3D, chapas de acetato e elástico, além de custear o pagamento de energia elétrica – o uso de uma impressora 3D aumenta o consumo em 300%. Mais de R$ 12 mil reais já foram arrecadados.

A Art Cor, empresa de comunicação visual, realizou uma doação inicial de 300 chapas de acetato para esse iniciativa.O Hospital das Clínicas e o Hospital Universitário Oswaldo Cruz já receberam 600 máscaras. A ideia é produzir 10 mil peças e doá-las para a rede pública de saúde.

“Muitas pessoas estão doando. Estamos focando inicialmente no apoio da médica. Depois, nós planejamos também ajudar na produção de materiais como viseiras para quem também está trabalhando em outros ramos, como profissionais que trabalham em mercados ou transporte público. Eles também estão expostos ao vírus e em breve pretendemos desenvolver essa ideia”, afirmou José Henrique.“Há também quem vê a campanha e me procura saber como ajudar. Tem um casal que possui uma impressora 3D e me disse que pode tentar produzir máscaras também. Queremos que as pessoas tenham fome de ajudar”, completou
Também no estado, um grupo de voluntários está produzindo jalecos impermeáveis com TNT (material semelhante a tecido, de aspecto emborrachado). A "fábrica" foi montada no colégio Decisão, no bairro da várzea.

O material será distribuído para os profissionais de saúde que sofrem com a falta de EPIs (equipamentos de proteção individual), fundamentais no atendimento de pessoas infectadas pela Covid-19. O grupo pretende produzir quatro mil jalecos.

“Ainda não temos uma rede social específica para divulgar o trabalho. Geralmente usamos nossos perfis pessoas para passar informações das doações, explicar como fazer para entregar material e ajudar financeiramente, mas pretendemos criar um espaço do projeto em breve. Recebemos apoio de muitas associações de moradores, igrejas e até pessoas que moram na Dinamarca e na Venezuela. Ao todo, temos 20 voluntários na parte de logística e 40 costureiras na linha de produção”, explicou Wagner Cordeiro, enfermeiro e idealizador da campanha.

O grupo criou um tutorial para as costureiras que estão trabalhando no projeto, explicando o passo-a-passo para a produção do material. Os telefones de contato para ajudar nas doações são o (81) 99905-8476 e o (81) 99850-7771.

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