quarta-feira, 8 de abril de 2020

Em parceria com a Fiocruz, Pernambuco desenvolve teste para detectar a Covid-19

O teste foi desenvolvido pelo Instituto Ageu Magalhães para auxiliar no diagnóstico da doença de maneira mais ágil



Para auxiliar no diagnóstico da Covid-19 em Pernambuco, o Instituto Aggeu Magalhães (IAM/Fiocruz-PE), no Recife, desenvolveu um teste In House que detectará de forma mais ágil a doença. O anúncio foi feito na tarde desta terça-feira pela Secretaria de Saúde de Pernambuco (SES-PE). O novo kit começou a ser utilizado na última segunda-feira (6) pelo Laboratório Central de Saúde Pública de Pernambuco (Lacen-PE) e será mais uma ferramenta de apoio ao combate contra o novo coronavírus junto com os testes enviados pelo Ministério da Saúde.

O teste produzido no Estado é similar ao kit desenvolvido por Bio-Manguinhos, na Fiocruz do Rio de Janeiro. Ambos se baseiam na detecção de um fragmento do genoma do novo coronavírus (SarsCoV-2), por meio da amplificação exponencial do material genético do vírus nas amostras biológicas coletadas de pacientes em investigação. Dessa forma, é possível com mais clareza confirmar ou descartar um caso.
“Seguimos trabalhando firmes para dotar a rede estadual de saúde de mais exames. O Instituto Aggeu Magalhães conseguiu fazer um kit de exame para a Covid-19 In House, produzido aqui mesmo em Pernambuco e seguindo os mais altos padrões. Graças a esta parceria, a instituição vai auxiliar ainda mais o Estado nesse tipo de insumo que, pela demanda mundial, vem sendo cada vez mais difícil de adquirir”, afirmou o secretário André Longo.

Para utilizar o teste produzido no Estado, o Instituto está comprando os mesmos kits de extração do RNA e purificação do material genético, que são necessários numa etapa anterior ao teste. Esse material tem que ser utilizado em conjunto com o material que está em produção pela Fiocruz-PE.

De acordo com a Fiocruz-PE, antes de utilizar o teste foram realizadas avaliações para que fosse comprovada a eficácia. Para isso, o Lacen-PE disponibilizou amostras positivas e negativas da Covid-19, e a Fiocruz fez a comparação dos resultados produzidos pelos dois testes, validando o exame pernambucano. O material já está em uso no Lacen numa primeira produção com capacidade para 2 mil testagens.

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