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sábado, 3 de outubro de 2020

Boletim da FioCruz mostra tendência de aumento da covid-19 no Recife e em outras capitais

FioCruz avalia casos da covid-19 em todo o Brasil - Foto: Pixabay

O boletim InfoGripe, divulgado na última sexta-feira (02), pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), aponta que há uma tendência de aumento a longo prazo no número de internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no Rio de Janeiro, no Recife e em Manaus. De acordo com a Fiocruz, este ano 97,6% dos casos e 99,3% dos óbitos reportados que tiveram comprovação laboratorial para a causa da internação deram positivo para o vírus Sars-CoV-2, causador da covid-19.

Na Semana Epidemiológica (SE) 39, entre 20 e 26 de setembro, a análise mostra que em Manaus ocorreu um leve sinal de queda em curto prazo. Segundo o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe, a tendência de longo prazo avalia o períodos de seis semanas seguidas e a de curto prazo analisa três semanas.

De acordo com ele, o Brasil permanece na zona de risco muito alto para a SRAG, com ocorrências semanais bastante elevadas em todas as regiões do país. Por outro lado, o registro de óbitos e de casos notificados por covid-19 nacionalmente estão em queda. Porém, o pesquisador alerta que a situação é muito diversa de acordo com o estado do país.

Os dados indicam sinal forte de crescimento no longo prazo em Florianópolis, sendo moderado no curto prazo. Para Aracaju, Fortaleza, Macapá e Manaus o sinal é de crescimento no longo prazo. A tendência é de queda no longo prazo em Porto Velho, Palmas, Goiás, Campo Grande, Natal, Vitória, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre. No Distrito Federal, a tendência é de estabilização no curto prazo e queda em seis semanas.

Gomes chama a atenção para as novas medidas de flexibilização anunciadas no Rio de Janeiro que podem intensifica o crescimento observado nas últimas semanas.

Este ano, o Sistema Infogripe registrou 473.222 casos de internação por SRAG, com 54,6% do total apresentando resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório até o término da Semana Epidemiológica 39. Os casos positivos indicaram 0,5% de Influenza A, 0,2% de Influenza B, 0,4% acusaram vírus sincicial respiratório (VSR) e 97,6% foram causados por Sars-CoV-2 (Covid-19).

O que é coronavírus?

Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus foi descoberto em 31/12/19 após casos registrados na China.Os primeiros coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez em 1937. No entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, em decorrência do perfil na microscopia, parecendo uma coroa.

A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as crianças pequenas mais propensas a se infectarem com o tipo mais comum do vírus. Os coronavírus mais comuns que infectam humanos são o alpha coronavírus 229E e NL63 e beta coronavírus OC43, HKU1.

Como prevenir o coronavírus?

O Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o coronavírus. Entre as medidas estão:
  • Lavar as mãos frequentemente com água e sabonete por pelo menos 20 segundos, respeitando os 5 momentos de higienização.

  • Se não houver água e sabonete, usar um desinfetante para as mãos à base de álcool.

  • Evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas.

  • Evitar contato próximo com pessoas doentes.

  • Ficar em casa quando estiver doente.

  • Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel e jogar no lixo.

  • Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com frequência.

  • Profissionais de saúde devem utilizar medidas de precaução padrão, de contato e de gotículas (máscara cirúrgica, luvas, avental não estéril e óculos de proteção).

  • Para a realização de procedimentos que gerem aerossolização de secreções respiratórias como intubação, aspiração de vias aéreas ou indução de escarro, deverá ser utilizado precaução por aerossóis, com uso de máscara N95.
Da redação do Blog Vertentes Notícias 
Com informações da Rádio Jornal NE10

sábado, 1 de agosto de 2020

Fiocruz alerta para uma possível segunda onda de coronavírus em quatro estados no Brasil

Pandemia coronavírus. Muita gente na rua, pessoas sem máscara. - FOTO: BRUNO CAMPOS/JC IMAGEM

O boletim Infogripe, produzido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), indica que Rio de Janeiro, Amapá, Maranhão e Ceará podem apresentar uma "segunda onda" da doença, com tendência de retomada do crescimento no número de novos casos semanais, após período de queda. Os dados foram colhidos na semana epidemiológica 30, entre os dias 19 e 25 de julho.

De acordo com o boletim, a tendência de crescimento é maior nos estados de Amapá e Rio de Janeiro. As cidades de Macapá, Rio de Janeiro e São Luís mostram sinais de crescimento da doença. Já Fortaleza apresenta sinal de estabilização de covid-19, com uma possível retomada de crescimento lento.

O InfoGripe indica estabilização no número de novos casos semanais de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no país, após a retomada do crescimento observado em junho. Os valores semanais, no entanto, ainda estão muito acima do nível de casos considerados "muito alto". É importante ressaltar que os dados de SRAG estão associados à covid-19. Entre as ocorrências com resultado positivo para os vírus respiratórios, 96,7% dos casos e 99,1% dos óbitos ocorreram por novo coronavírus.

Em alta

O pesquisador e coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, alerta que o cenário nacional atual sugere que os casos notificados de SRAG, independentemente de presença de febre, mostram tendência de crescimento, com ocorrência de casos semanais muito alta. Foram reportados um total de 316.984 casos este ano, sendo 161.927 (51,1%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 91.163 (28,8%) negativos e cerca de 42.179 (13,3%) aguardando resultado laboratorial. Levando em conta a oportunidade de digitação, estima-se que já ocorreram 356.149 casos de SRAG, podendo variar entre 342.547 e 375.218 até o término da semana 30. Entre os positivos, 0,7% foram de influenza A, 0,3% influenza B, 0,6% vírus sincicial respiratório (VSR) e 96,9% Sars-CoV-2 (Covid-19).
Ele explicou ainda que "o estado do Paraná, com sinal de estabilização após período de crescimento, apresenta sinal fraco, sendo recomendada reavaliação no próximo boletim para confirmação. Amazonas, Roraima e Pará mostram estabilização após período de queda. Apresentam tendência de queda, após período de estabilização, Paraíba, Minas Gerais e Distrito Federal. "Em Minas Gerais e Distrito Federal, o sinal ainda é fraco, sendo recomendada reavaliação no próximo boletim para confirmação", observou Marcelo Gomes.
Em Amazonas, Roraima e Pará, que apresentavam sinal de queda nos boletins anteriores, foi observada possível estabilização. Nesses estados, a mesma tendência se observa na capital, sendo que no Pará há indício de possível retomada do crescimento em Belém. Já Pernambuco e Espírito Santo voltaram a apresentar a tendência de queda. Já no Recife há ainda sinal de possível estabilização, enquanto em Vitória se mantém o sinal de queda.

Dados provenientes de sistemas de notificação de caso, como é o banco de dados do Sivep-gripe, que alimenta o InfoGripe, podem conter eventuais erros de digitação ou preenchimento afetando um ou mais dos diversos campos de registro. Em função disso, as notificações estão em constante avaliação para correções que se façam necessárias mediante análise da rede de vigilância e das equipes locais responsáveis por cada registro.

Dados de óbitos são reportados com base na data de primeiros sintomas. Recomenda-se utilização do boletim com base nos dados sem aplicação do filtro de sintomas relacionado à presença de febre, conforme indicação do Ministério da Saúde.

Marcelo Gomes explicou ainda a importância que os dados apresentados pelo InfoGripe sejam utilizados em combinação com demais indicadores relevantes - como a taxa de ocupação de leitos das respectivas regionais de saúde, por exemplo. 
"Além disso, acrescentou o pesquisador, como a situação nas regiões e estados é bastante heterogênea, o dado nacional não é um bom indicador para definição de ações locais", disse o coordenador do InfoGripe.
A situação nas capitais e no Distrito Federal Estabilização: Manaus, Palmas e Rio Branco Possível retomada de crescimento: Belém, Fortaleza, Macapá, São Luís e Rio de Janeiro Crescimento: Distrito Federal, Florianópolis e Porto Velho Queda com possível estabilização: Boa Vista Queda:

Cuiabá, Goiânia, João Pessoa, Salvador, Teresina e Vitória

Possível início de queda: Belo Horizonte, Campo Grande e Curitiba Possível estabilização: Recife Estabilização com possível início de queda: Aracaju Estabilização com possível retomada de queda: São Paulo Possível início de estabilização: Porto Alegre Retomada de crescimento: Maceió Queda com possível início de estabilização: Nata.

Da redação do Blog Vertentes Notícias 
Com informações do JC NE10

sábado, 25 de julho de 2020

Fiocruz diz que volta às aulas é risco. Escolas se dizem preparadas

Estudo revela que retorno da atividade escolar coloca os estudantes em potenciais situações de contágio - FOTO: YACY RIBEIRO/JC IMAGEM

Certamente o maior desafio para a Saúde no Plano de Convivência com a Covid-19, a retomada das aulas presenciais ainda não tem uma data definida para acontecer em Pernambuco, mas a previsão do governo do Estado é anunciar, na próxima semana, o calendário para a Educação, segundo informou o secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo, em coletiva de imprensa esta semana. Enquanto não há decisão, o debate se faz com duas visões: uma que defende o retorno às escolas e outra que alerta para riscos nessa retomada, num momento em que a epidemia de covid-19, mesmo estabilizada, ainda não deu trégua.

Preocupados com esse cenário, pesquisadores do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde da Fiocruz alerta que a volta às aulas pode representar um perigo para cerca de 9,3 milhões de brasileiros (4,4% da população total) idosos ou adultos com doenças preexistentes (diabetes, problemas no coração ou no pulmão) que são do grupo de risco da covid-19. O risco foi estimado pelo fato desse grupo morar no mesmo lar que o público em idade escolar.

A partir do estudo Populações em risco e a volta as aulas: Fim do isolamento social, os pesquisadores informam que Pernambuco é o segundo Estado brasileiro com maior proporção de adultos com fatores de risco para a infecção e idosos que vivem com crianças e adolescentes de 3 a 17 anos. Em primeiro lugar, vem o Rio Grande do Norte, com 6,1% de idosos e adultos com comorbidades que vivem com o público em idade escolar. Já Pernambuco tem pouco mais de 5,5% e outros dez Estados também apresentam valores superiores à média nacional, de 4,4%. De acordo com a análise do grupo da Fiocruz, o retorno da atividade nas escolas coloca os estudantes em potenciais situações de contágio.

São Paulo é o Estado com maior número absoluto de idosos ou adultos (com 18 anos ou mais) com problemas crônicos de saúde e que pertencem a grupos de risco de covid-19. São cerca de 2,1 milhões de pessoas nessa condição com crianças em casa, seguido por Minas Gerais (1 milhão), Rio de Janeiro (600 mil), Bahia (570 mil) e Pernambuco (546 mil).

O levantamento considera que, mesmo que as instituições adotem medidas de segurança e que elas sejam cumpridas à risca, o transporte público e a falta de controle sobre o comportamento de adolescentes e crianças que andam sozinhos fora de casa representam potenciais situações de infecção pelo novo coronavírus para esses estudantes. E se adoecem, eles podem levar o vírus para casa e transmitir a quem vive com eles.
"É provável que as pessoas que se mantêm em isolamento social são, em maioria, as que fazem parte dos grupos de risco. Elas não foram expostas ao vírus, mas uma grande parcela delas terá que conviver com ele, em suas residências, por causa da volta às aulas", escrevem os pesquisadores no estudo.
O epidemiologista da Fiocruz Diego Xavier, que participou do estudo, chama a atenção para uma estimativa trazida pela análise. 
"Se apenas 10% dessa população de adultos com fatores de risco e idosos que vivem com crianças em idade escolar (no Brasil) vierem a precisar de cuidados intensivos, isso representará cerca de 900 mil pessoas na fila das UTIs (unidades de terapia intensiva). Além disso, se aplicarmos a taxa de letalidade brasileira nesse cenário, estaremos falando de algo como 35 mil novos óbitos, somente entre esses grupos de risco", destaca.
Segurança 

Presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de Pernambuco (Sinepe/PE), o professor José Ricardo Diniz garante que as instituições particulares de ensino estão preparadas para a retomada das aulas na educação infantil ao ensino médio. 
"O ambiente das escolas é diferente do de serviços. Aos colégios, são sempre as mesmas pessoas que vão, conhecemos as famílias, os alunos pelo nome. Por isso, a Educação tem mais condições de cumprir os protocolos do que o comércio, que tem um fluxo indistinto", diz.
Para José Ricardo, é importante que as famílias não sejam criticadas no momento em que tenham que decidir se deixam as crianças e os adolescentes em aulas remotas ou optem por levá-los ao ambiente escolar. 
"O presencial não será obrigatório; os responsáveis pelos alunos é que decidem. Neste momento, cada família tem uma realidade e, por isso, nós entendemos que haverá quem tenha necessidade de encaminhar os filhos aos colégios e outro grupo que se sente mais seguro com as crianças em casa. Então, não pode existir censura social. Há duas possibilidades, e queremos atender ambos os lados."
Ele assegura que, mesmo sem a definição de data para retorno às aulas presenciais, muitas das instituições privadas de ensino do Estado já estão com tudo esquematizado para seguir regras estabelecidas pelas autoridades sanitárias, incluindo orientações sobre distanciamento social, sanitização e demais medidas de prevenção, além do monitoramento de possíveis casos e da comunicação para orientar estudantes, trabalhadores em educação e colaboradores em ações de higiene necessária para as mãos e objetos, alimentação com segurança, utilização e troca da máscara.

Segundo o secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo, a expectativa é de que, após analisar o comportamento da 30ª semana epidemiológica (termina hoje), será possível definir o calendário para a Educação. 
"Isso é necessário porque a sazonalidade de infecções virais, em tempos não epidêmicos, normalmente tem pico até esta semana de julho. Precisamos avaliá-la para a tomada de decisão, o que deve ser anunciado provavelmente na próxima semana", frisa André Longo.
Da redação do Blog Vertentes Notícias 
Com informações do JC NE10