terça-feira, 29 de julho de 2014

Missa de 7º Dia de Ariano será nesta terça, na Basílica do Carmo

Do JC OnlineAriano faleceu aos 87 anos / Ricardo Labastier/JC Imagem


Ariano faleceu aos 87 anos

Ricardo Labastier/JC Imagem

A rabeca, o violino a flauta e o violão que pontuavam as lembranças de Ariano Suassuna nas suas aulas-espetáculo, nesta terça-feira (29) marcarão a saudade da família, dos amigos e dos admiradores do mestre que morreu há uma semana. Devoto da Compadecida, católico apostólico romano convertido depois do amor por Zélia, o escritor e dramaturgo paraibano, radicado no Recife desde 1942, será lembrado numa missa de sétimo dia que acontece às 20h, na Basílica de Nossa Senhora do Carmo, no Centro do Recife. 
A cerimônia, aberta ao público, contará com a participação dos músicos da Secretaria da Assessoria Especial do Governo de Pernambuco, que acompanharam Ariano nas suas palestras, sob regência de Antonio Madureira. Na seleção de canções, estão Nau – composta pela regente e uma das preferidas de Ariano – e São os do Norte que vem, do escritor em parceira com Capiba. Foi junto a estes artistas que Suassuna deu sua última aula, no dia 19 deste mês, em Garanhuns, sua última aparição pública. 
Ariano Suassuna faleceu na última quarta (23), aos 87 anos, depois de ficar internado por dois dias, vítimas de um acidente vascular cerebral (AVC) hemorrágico. 
Um dos maiores dramaturgos do país, escreveu obras como Auto da CompadecidaUma mulher vestida de Sol e A santa e a porca, encenadas Brasil afora. Ele é também autor de um das mais importantes obras de ficção da língua portuguesa (ao lado de Grande Sertão: veredas, de Guimarães Rosa), a sua obra-prima o livro Romance d’A Pedra do Reino. No texto, Ariano misturava à literatura medieval o cancioneiro popular do Nordeste, o teatro e a poesia. A obra foi adaptada para o teatro por Antunes Filho, em 2006, e no ano seguinte chegou à televisão com direção de Luiz Fernando Carvalho. 
Foi responsável também por criar o Movimento Armorial, que propunha uma arte erudita tomando como base a cultura popular brasileira.

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